A enfermeira Lucy Letby terá "sabotado" os cuidados prestados a um bebé para captar a atenção da sua alegada paixoneta, segundo as acusações feitas num tribunal britânico, reporta a Sky News.
A profissional de saúde, de 33 anos, é acusada de ter assassinado um trigémeo recém-nascido no seu primeiro turno de trabalho no Hospital Countess of Chester, após umas férias em Ibiza com amigos, em junho de 2016.
O julgamento a que foi hoje submetida num tribunal de Manchester deu a conhecer algumas mensagens que a enfermeira trocou com um colega de que alegadamente "gostava". Mensagens essas que foram enviadas antes de dois bebés trigémeos terem morrido aos seus cuidados.
Em junho de 2016, esta mulher estava de férias em Ibiza quando os trigémeos nasceram, tendo depois mandado uma mensagem ao colega citado acerca da "situação invulgar" de ter de cuidar de três irmãos logo no seu regresso. Via WhatsApp, antes do regresso ao trabalho, escreveu: "Sim, provavelmente vou voltar com um estrondo, lol [risos]".
Nas 72 horas seguintes ao envio dessa mensagem, duas das crianças viriam mesmo a morrer, ao passo que a terceira tinha sofrido um colapso tão grave que obrigou à sua transferência para os cuidados intensivos.
Naquele que foi já o 13.º dia de depoimento - que começou no início de maio - a enfermeira foi questionada sobre as mensagens que trocou com este colega do sexo masculino quando regressou às funções. Embora a acusação se tenha referido, anteriormente, a este homem como sendo o "namorado" da suspeita, esta já negou que tivesse uma "paixoneta" pelo colega e referiu também, anteriormente no seu depoimento, que "gostava dele como amigo".
A acusação insistiu, no julgamento, na tese de que esta profissional de saúde "tentava chamar a atenção" do colega, que a tinha informado de que já não se encontrava na unidade neonatal. Ao que a enfermeira respondeu que pretendia apenas que ele "voltasse a ver" uma das crianças que veio depois a falecer, mas sem qualquer interesse pessoal inerente.
No total, Lucy Letby é acusada de ser a responsável pela morte de sete bebés e de ter tentado assassinar outros 10 entre 2015 e 2016, quando trabalhava na unidade neonatal do referido hospital. Porém, nega todas as 22 acusações a pender sobre si mesma.
Leia Também: Comboio descarrila e danifica carregamento de veículos novos nos EUA