Castro aterrou em Xangai, a "capital" económica da China, onde, segundo fontes oficiais, vai reunir com a ex-presidente do Brasil Dilma Rousseff, que dirige atualmente o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB, na sigla em inglês), a entidade financeira do bloco de economias emergentes BRICS.
A chefe de Estado vai ainda visitar o centro de pesquisa e desenvolvimento do grupo de tecnologia Huawei e, a seguir, partirá para Pequim.
O governo hondurenho classificou a visita à capital chinesa como um "marco histórico".
Castro vai reunir-se com o homólogo chinês, Xi Jinping, em Pequim, embora não tenha sido ainda divulgada a data do encontro bilateral, no qual se prevê também a assinatura de acordos e memorandos em diversas áreas.
Um dos temas que Castro vai abordar é a abertura de uma embaixada hondurenha em Pequim, depois de a China ter inaugurado o seu próprio posto diplomático em Tegucigalpa, na segunda-feira.
Castro escreveu na rede social Twitter que chega à China com uma "missão especial", já que a "reformulação das Honduras exige novos horizontes políticos, científicos, técnicos, comerciais e culturais".
O ministro dos Negócios Estrangeiros das Honduras, Eduardo Enrique Reina, também viaja na comitiva que acompanha a líder do país, entre outras autoridades.
As Honduras e a China anunciaram o estabelecimento de relações diplomáticas em 26 de março, horas depois de o país centro-americano oficializar o rompimento das relações que mantinha com Taiwan desde 1941.
O país centro-americano e Taiwan mantiveram uma relação de cooperação nos âmbitos militar, educação e economia. Taipé financiou projetos de ajuda técnica e agrícola, além de hospedar centenas de bolsistas hondurenhos nas suas universidades.
A rutura das relações com Taiwan por parte das Honduras reduziu para 13 o número de países com os quais Taipé mantém relações diplomáticas oficiais, e tornou a nação centro-americana o nono país - e o quinto latino-americano - que desde 2016 cortou os laços com a ilha para estabelecer relações com Pequim.
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