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Diretor da AIEA visita quinta-feira a central nuclear de Zaporijia

O diretor da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), Rafael Grossi, vai visitar na quinta-feira a central nuclear de Zaporijia, sob o controlo de tropas russas, anunciou hoje o assessor da operadora russa de centrais nucleares (Rosenergoatom).

Diretor da AIEA visita quinta-feira a central nuclear de Zaporijia
Notícias ao Minuto

09:19 - 14/06/23 por Lusa

Mundo Guerra na Ucrânia

De acordo com a agência de notícias russa Interfax, Renat Karchaa disse que a visita deveria ocorrer hoje, mas que foi adiada para quinta-feira.

"Desconhece-se o motivo do adiamento", afirmou o assessor da Rosenergoatom, citado pela Interfax.

Grossi está na Ucrânia e, na terça-feira, conversou com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, apresentando-lhe um programa de ajuda para sanar a redução do fluxo de água para a central de Zaporijia, devido aos danos causados na barragem de Kakhovka, após uma explosão.

Na rede social Twitter, Grossi disse que vai a Zaporijia avaliar "a situação após a catastrófica inundação" causada pelos danos significativos na barragem de Kakhovka.

Grossi também planeia realizar a rotação da equipa, além de a reforçar, que a AIEA mantém na central nuclear, sob controlo militar russo desde fevereiro de 2022.

Em 06 de junho, os danos causados pela explosão ocorrida na barragem de Kakhovka, no rio Dnieper, provocou inundações nos municípios vizinhos e suscitou preocupações quanto à central nuclear de Zaporijia, a maior da Europa.

A barragem, situada mais a jusante do rio Dniepre, na região de Kherson, ajudava a manter a água num reservatório que arrefece os reatores da central.

A Ucrânia afirmou que a Rússia fez explodir a barragem, o que foi negado por Moscovo, embora os analistas afirmem que a inundação poderá ter perturbado os planos de contraofensiva de Kyiv.

Grossi disse que o nível do reservatório que alimenta a central está a descer "de forma bastante constante", mas que não representa um "perigo imediato".

A AIEA alerta há meses para o risco das explosões que ocorrem perto da central nuclear, a maior da Europa, e insiste na necessidade de criar uma zona de segurança e impedir combates ou armazenamento de armas na instalação, entre outras medidas para evitar um acidente.

Leia Também: Maior central nuclear da Europa em "situação relativamente perigosa"

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