Mais de 500 golfinhos mortos nas Ilhas Faroé. ONG mostra caça "horrível"
A situação repete-se todos os anos, e é mesmo defendida pela população local. A caça consiste em encurralar os animais, para depois, numa baía, estes serem mortos à facada.
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Mundo Animais
Mais de 500 golfinhos já foram mortos nas Ilhas Faroé, na Dinamarca, desde que esta caça nesta zona – que se realiza todos os anos – começou, em maio.
A caça é conhecida como grindadráp [ou grind, e consiste em vários pessoas que, com o seu barco, rodeiam baleias-piloto e golfinhos com os seus barcos, em forma de semi-lua, encurralando-as em direção até uma baía, onde ficam encurralados.
Aí, pescadores que estão no local matam os animais que estão a dar à costa com facas.
Todos os anos há imagens desta situação, que choca o mundo, e leva as organizações não-governamentais (ONG) e outras associações a manifestarem-se contra a prática.
“Ontem houve dois grinds, um onde foram apanhados 266 [animais], e noutro 180, de acordo com os primeiros dados”, referiu um porta-voz do governo do arquipélago, citado pela agência France-Presse.
Segundo a publicação britânica The Guardian, com estas já foram cinco as oportunidades de caça destes animais nesta temporada.
Simultaneamente, as ONG, como a Sea Shepherd, criticam a forma como os navios dinamarqueses podem impedir os ambientalistas que impedirem esta situação – isto porque em 2014, esta ONG conseguiu interromper a caçada. Já no Instagram, os ativistas partilharam os dados conhecidos hoje, considerando a caçada como "horrível", assim como algumas fotografias da baía, que, devido à violência, podem ser vistas aqui.
A situação é ainda muito apoiada pelos habitantes do arquipélago, que acusam os média e as ONG internacionais de desrespeitar aquilo a que se chamam cultura e tradição. Por norma, são mortos 800 animais por ano.
Já o ano passado, o número de animais mortos chegou aos 1.400, o que causou alguma polémica mesmo na população.
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