As áreas da linha da frente na Ucrânia estão a testemunhar "combates ferozes" após o tão esperado lançamento da contra-ofensiva de Kyiv - com armas fornecidas pelo Ocidente - disse o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg.
Em declarações aos jornalistas em Bruxelas, esta quinta-feira, Stoltenberg disse que as forças ucranianas estavam "a obter ganhos".
O secretário-geral da NATO também disse que ministros da defesa e parceiros industriais discutiriam como aumentar ainda mais a produção de defesa.
O chefe da NATO afirmou por fim que o padrão geral para os países da NATO gastarem 2% do produto interno bruto (PIB) em defesa "não é um teto, mas um mínimo para investir na nossa segurança partilhada".
A ofensiva militar lançada em 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,7 milhões de pessoas - 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,2 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão russa - justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 8.983 civis mortos e 15.442 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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