De acordo com a agência de notícias Associated Press (AP), os esforços de busca continuam na costa do sul da Grécia, apesar de haver poucas esperanças de se encontrar sobreviventes ou corpos de migrantes.
Desde quarta-feira, quando ocorreu o naufrágio da traineira, não houve mais resgates de sobreviventes ou recuperação de corpos. As autoridades gregas confirmaram que 104 pessoas foram salvas e 78 corpos de migrantes foram resgatados do Mar Mediterrâneo.
A maioria dos sobreviventes foi transferida hoje para um abrigo de migrantes perto de Atenas, localizado no porto de Kalamata, onde familiares também se reuniram para procurar familiares.
Nove pessoas - todos egípcios, com idades entre 20 e 40 anos - foram detidos sob acusações de tráfico de pessoas e participação em grupo criminoso.
Vinte e sete dos sobreviventes permanecem hospitalizados, disseram as autoridades de saúde gregas.
O porta-voz da guarda costeira grega, Nikos Alexiou, citando relatos de sobreviventes, declarou que os migrantes que estavam no porão do barco de pesca incluíam mulheres e crianças, mas que o número de desaparecidos, que se acredita estar na casa das centenas, permanece incerto.
O barco de pesca viajava da Líbia para a Itália e estava a ser rastreado pelas autoridades gregas, bem como pela Frontex, agência de proteção de fronteiras da União Europeia (UE).
Funcionários de um necrotério estatal nos arredores de Atenas fotografaram os rostos das vítimas e recolheram amostras de ADN para iniciar o processo de identificação.
A agência de notícias ANSA noticiou hoje que as autoridades italianas declararam que sinalizaram o barco para a guarda costeira grega a tempo de um resgate.
Acredita-se, segundo a ANSA, que a traineira levava cerca de 750 migrantes, incluindo 100 crianças.
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