"A guerra não pode durar para sempre (...). Esta guerra deve terminar", defendeu Ramaphosa, durante uma reunião com Putin, em São Petersburgo.
"É do nosso interesse comum que esta guerra termine", insistiu o líder sul-africano, sublinhando que o seu continente está a ser afetado negativamente por este conflito no leste da Europa.
Este fim de semana, quatro chefes de Estado africanos -- Cyril Ramaphosa, da África do Sul, Macky Sal, do Senegal, Hakainde Hichilema, da Zâmbia, e Azali Assoumani, de Comores (atual presidente da União Africana) -- deslocaram-se a São Petersburgo e a Kiev, para procurar reuniões com Zelensky e Putin.
"Estamos aqui para ouvi-lo, para ouvir a voz do povo russo", disse o Presidente de Comores, acrescentando que o propósito da delegação é "convencer os dois países a trilhar o caminho do diálogo".
Em Kiev, na sexta-feira, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, tinha rejeitado a proposta da delegação africana, denunciando tratar-se de uma estratégia orquestrada por Moscovo, quando as forças da Ucrânia procuram desenvolver uma contra-ofensiva.
Hoje, em São Petersburgo, Putin voltou a dizer que respeita "a posição dos Estados africanos a favor da manutenção da estabilidade", mostrando-se agradado com "a sua aspiração a uma política pacifista".
O líder russo agradeceu o interesse em encontrar formas de resolver o conflito na Ucrânia, sublinhando que "o fortalecimento abrangente dos laços com os países do continente africano é uma prioridade da política externa" do seu Governo.
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