O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, considerou esta segunda-feira que o "Estado maléfico não dispõe das fortificações ou reservas para travar a Ucrânia", fazendo referência à Rússia. E deixou ao povo ucraniano uma promessa: que a contraofensiva que está já em andamento vai ser bem-sucedida.
As declarações foram proferidas no seu habitual discurso noturno à nação, onde fez questão de ressalvar que em "algumas zonas" os "guerreiros" ucranianos estão "a avançar" no terreno. E acrescentou, sobre as conquistas na frente de batalha: "noutras zonas estão a defender as suas posições e a resistir aos assaltos e ataques intensificados dos ocupantes".
Na perspetiva do chefe de Estado ucraniano, a realidade das tropas moscovitas no terreno é muito deficitária. "Eles só têm perdas. Em geral, é uma situação de pressão, a nossa pressão, que nos permite abrir caminho para a nossa bandeira", afirmou.
Perante este cenário, Volodymyr Zelensky prometeu: "As cores azul e amarela estarão em todo o nosso sul e em todo o nosso leste [...]. Estamos na nossa própria terra, e isso dá-nos a maior força".
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Na sua mais recente comunicação ao país, o líder ucraniano deixou ainda um agradecimento a todos os combatentes que lutam contra a ofensiva russa. "Agradeço a todos os nossos guerreiros - todos os soldados, todos os sargentos, todos os oficiais e todos os generais que estão agora envolvidos nas nossas ações ofensivas e defensivas ativas. Agradeço-vos por cada posição libertada e defendida", referiu Zelensky.
Desde o início da guerra, que se iniciou a 24 de fevereiro do ano passado, os países da NATO e da União Europeia apressaram-se a disponibilizar apoio financeiro, militar e humanitário para ajudar a Ucrânia a fazer face à invasão da Rússia. O país invasor, por outro lado, foi alvo de pacotes de sanções consecutivos (e concertados) aplicados pelos parceiros de Kyiv.
O conflito mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Segundo os mais recentes cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU), quase nove mil civis morreram e mais de 15 mil ficaram feridos na sequência dos combates no terreno.
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