Buscas pelo submarino alargadas a águas mais profundas

O contra-almirante John Mauger disse à CNN que depois dos trabalhos durante a noite (hora local), os trabalhos de buscas vão decorrer em águas profundas.

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Marta Amorim
20/06/2023 14:42 ‧ 20/06/2023 por Marta Amorim

Mundo

Submarino desaparecido

Embora grande parte da busca pelo submersível desaparecido tenha sido focada na superfície da água, a guarda costeira dos EUA tem agora capacidade de busca subaquática no local, disse o Comandante do Primeiro Distrito da Guarda Costeira dos EUA, Contra-Almirante John Mauger.

O contra-almirante John Mauger disse à CNN que depois dos trabalhos durante a noite (hora local), os trabalhos de buscas vão decorrer em águas profundas.

Para além das buscas marítimas, aeronaves Canadian Air Craft, USCG e New York Air National Guard têm voado padrões de aproximadamente 13 mil km² na superfície da água.

A equipa de buscas inclui a Marinha dos EUA, a Guarda Costeira do Canadá e as Forças Armadas do mesmo país, bem como a expedição Ocean Gate - a empresa que possui e administra o submersível desaparecido.

A Ocean Gate, por ter mais familiaridade com o local e saber onde o submersível estava a operar, está a ajudar a definir prioridades, acrescentou.

“Os nossos pensamentos, enquanto continuamos com a busca, estão com os membros da tripulação e as suas famílias neste momento”, disse Mauger, acrescentando que as equipas estão a trabalhar duro para garantir ser possível "localizar o submersível".

A comunicação com o submarino perdeu-se 45 minutos após o início do mergulho, no domingo à noite (hora local), disse a empresa OceanGate Expeditions, proprietária da embarcação e organizadora das viagens aos destroços do 'Titanic'.

A comunicação perdeu-se quando a embarcação estava a cerca de 700 quilómetros a sul de São João da Terra Nova, segundo o Centro de Coordenação de Salvamento Conjunto do Canadá, citado pela agência norte-americana AP.
 
O submersível tinha uma reserva de oxigénio de 96 horas quando se fez ao mar pelas 06h00 de domingo (hora local), de acordo com David Concannon, um conselheiro da OceanGate, o que transforma a operação num contrarrelógio.

"É uma área remota e é um desafio conduzir uma busca nessa área remota", admitiu o comandante da Guarda Costeira dos Estados Unidos, contra-almirante John Mauger.

As buscas à superfície e submarinas decorrem numa área a "cerca de 1.450 quilómetros a leste de Cape Cod [Estados Unidos], a uma profundidade de cerca de quatro mil metros", precisou Mauger, citado pela agência francesa AFP.

"Estamos a utilizar todos os meios disponíveis para garantir que conseguimos localizar a embarcação e resgatar as pessoas a bordo", afirmou.

A Guarda Costeira do Canadá também participa nas operações, que envolvem um C-130 norte-americano e um P8 canadiano equipado com um sonar capaz de detetar submarinos.

O Titanic afundou-se na viagem inaugural entre o Reino Unido e os Estados Unidos em abril de 1912, depois de ter colidido com um icebergue. O desastre custou a vida a 1.514 dos 2.224 passageiros e tripulantes.

Os destroços do transatlântico luxuoso só foram encontrados em 1985, mais de sete décadas depois do naufrágio.

Um dos passageiros do submarino desaparecido, Hamish Harding, é presidente da empresa de venda de jatos privados Action Aviation, fundada em 2004.

O empresário de 58 anos anunciou nas redes sociais, no sábado, que fazia parte da tripulação do submarino.

"O submarino foi lançado com sucesso e Hamish está atualmente a mergulhar", escreveu a sua empresa no Twitter no domingo.

O empresário paquistanês Shahzada Dawood vive no Reino Unido e patrocina o Instituto SETI (sigla inglesa de Procura de Inteligência Extraterrestre), cuja missão é explorar e compreender a origem do universo, segundo a agência espanhola EFE.

A expedição aos destroços do Titanic custou este ano 250 mil dólares (cerca de 229 mil euros, ao câmbio atual) a cada turista do mar.

Leia Também: Em 2017, um submarino também desapareceu. Demorou um ano a ser encontrado

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