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Netanyahu condena ataque palestiniano "horrendo e abominável"

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, condenou hoje o ataque "horrendo e abominável" executado por palestinianos ligados ao grupo islâmico Hamas, perto de um colonato na Cisjordânia ocupada, que matou quatro israelitas.

Netanyahu condena ataque palestiniano "horrendo e abominável"
Notícias ao Minuto

22:26 - 20/06/23 por Lusa

Mundo Israel

"Foi perpetrado um atentado terrorista horrendo e abominável", sublinhou o chefe do Governo, que transmitiu as suas condolências aos familiares das vítimas, entre as quais um menor, desejando ainda as melhoras aos quatro feridos, entre os quais um se encontra em estado grave.

Benjamin Netanyahu também realizou uma avaliação de segurança com os responsáveis pela defesa de Israel, noticiou a agência Efe.

O governante garantiu esta tarde que Israel "continuará a combater o terrorismo com todas as suas forças" e alertou que, perante a situação de tensão atual, "todas as opções estão em aberto".

De acordo com o Exército israelita, os dois agressores "eram afiliados" ao Hamas, enquanto o grupo islâmico palestiniano divulgou que um deles pertencia à sua ala militar, as Brigadas Al Qasam.

O Exército israelita tinha adiantado que um grupo de palestinianos abriu fogo perto de uma bomba de gasolina nos arredores do colonato de Eli, no norte da Cisjordânia, e que um destes foi morto a tiro, antes de partirem em busca de outros "suspeitos".

A Magen David Adom, equivalente israelita da Cruz Vermelha, declarou que quatro pessoas tinham sido declaradas mortas no local e que outras quatro tinham ficado feridas, incluindo uma em estado grave, naquele que é considerado o ataque palestiniano mais mortífero contra Israel desde janeiro, quando sete israelitas foram mortos num outro ataque a tiro perto de uma sinagoga num colonato de Jerusalém Oriental.

Entre as possíveis respostas de Israel a este ataque está a realização de uma ampla campanha militar no norte da Cisjordânia, ofensiva que cada vez mais autoridades do governo israelita defendem.

O ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, de extrema-direita, referiu esta tarde, após visitar o local, que "chegou o momento de ser lançada uma campanha militar".

O ataque surge 24 horas depois de a Cisjordânia ter vivido um dos dias mais violentos, com nove horas de pesados tiroteios em Jenin envolvendo milicianos palestinianos e tropas israelitas.

O tiroteio provocou a morte a seis palestinianos e feriu outros 90, enquanto um outro palestiniano foi morto num incidente separado com o exército perto de Belém.

Desde o início do ano, pelo menos 166 palestinianos, 21 israelitas, um ucraniano e um italiano foram mortos em atos de violência ligados ao conflito israelo-palestiniano, segundo uma contagem da agência France-Presse (AFP) baseada em fontes oficiais israelitas e palestinianas.

As estatísticas incluem combatentes e civis, entre eles menores, dos dois lados, e ainda a morte de três membros da minoria árabe do lado israelita.

Leia Também: Ataque palestiniano na Cisjordânia mata quatro colonos israelitas

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