Aos 18 anos já mudou de sexo duas vezes. Kayla quer processar médicos

Jovem acusa médicos de não lhe terem prestado aconselhamento psicológico e de se terem precipitado a fazer cirurgias que são agora irreversíveis.

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Notícias ao Minuto
21/06/2023 09:48 ‧ 21/06/2023 por Notícias ao Minuto

Mundo

Transgénero

Com apenas 18 anos, Kayla Lovdahl já transitou de género para ser um rapaz, arrependeu-se e voltou a querer ser uma rapariga. Agora, pretende processar os médicos e hospitais a quem acusa de a terem pressionado para fazer a sua transição de género.

De acordo com a ação judicial apresentada na semana passada no Tribunal Estadual da Califórnia, nos EUA, Kayla decidiu que queria ser um rapaz aos 11 anos, depois de ter tomado conhecimento da comunidade transgénero na Internet.

Aos 12 anos, alega, foram-lhe receitados bloqueadores de puberdade e testosterona por médicos que não a sujeitaram a exames psicológicos. "É melhor ter um filho vivo do que uma filha morta", terão dito os médicos aos pais da jovem.

Aos 13 anos, Kayla foi submetida a uma mastectomia dupla para masculinizar o peito. E, aos 17 anos, apercebeu-se de que tinha sido tudo um erro - e que os profissionais que a rodeavam não a tinham protegido.

A californiana está a processar a Kaiser Foundation Hospitals e quatro médicos, pedindo uma indemnização não especificada por terem causado "feridas físicas e emocionais profundas e um grande arrependimento". Kayla afirma que achava que a mudança iria fazer-lhe sentir-se melhor, mas o que aconteceu foi precisamente o oposto.

Segundo o processo apresentado, os médicos limitaram-se a ceder aos pedidos da jovem, motivados por uma "montanha russa de sentimentos ingénuos, emocionais e infantis", ao invés de a terem aconselhado e preparado melhor para a mudança.

Esta não será primeira vez que situação semelhante acontece nos EUA, pelo que o caso de Kayla está a ganhar popularidade a a exigir que a justiça norte americana faça mudanças para que este tipo de transições sejam proibidas em menores de idade.

Mudar o cabelo, o nome ou os pronomes é uma coisa - mas tomar decisões médicas irreversíveis enquanto menor de idade, que podem deixar infértil, é outra completamente diferente, alega o advogado de Kayla, que acrescenta: "não confiamos nas crianças para se comprometerem com uma tatuagem até terem 18 anos. Permitir que jovens de 13 anos como Kayla se submetam a procedimentos irreversíveis e invasivos, como mastectomias duplas, é inconcebível".

Leia Também: Aumento de adolescentes transgénero nos EUA? "Puro satanismo"

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