Numa conferência de imprensa durante a na Conferência Internacional sobre a Recuperação da Ucrânia (URC 2023), Cleverly elogiou a Ucrânia por estar a fazer reformas institucionais e militares mesmo durante a guerra.
"Penso que a posição do Reino Unido será muito, muito favorável se passarmos do Plano de Ação para a Adesão, tendo em conta que tanto a Suécia como a Finlândia não o exigiram e que os ucranianos demonstraram o seu empenho em reformar as forças armadas necessárias para a adesão à NATO através das suas ações no campo de batalha", afirmou.
O Plano de Ação para a Adesão (MAP na sigla inglesa) foi lançado em 1999 para ajudar países que aspiram à adesão à NATO nos seus preparativos.
Pelo menos onze países seguiram este processo desde 2004, incluindo a Bulgária, Estónia, Letónia, Lituânia, Roménia, Eslováquia, Eslovénia, Albânia, Croácia, Montenegro e República da Macedónia do Norte.
A Bósnia-Herzegovina encontra-se a cumprir este processo desde 2010.
Cleverly referiu que o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, e os ministros dos Negócios Estrangeiros da NATO reconheceram anteriormente que "muitos dos requisitos do Plano de Ação para a Adesão estão a ser cumpridos e que a reforma das suas forças armadas está a acontecer durante o conflito".
Separadamente, em declarações aos jornalistas à margem da Conferência, a chefe da diplomacia francesa, Catherine Colonna, também manifestou o desejo da França de "ir um pouco mais longe".
"Obviamente, não podemos imaginar a Ucrânia a aderir à NATO agora, porque é uma situação de guerra", acrescentou.
Colonna acredita ser possível "ir um pouco mais longe, propondo não só que a Comissão NATO-Ucrânia seja transformada num Conselho e assine uma parceria mais avançada, mas também evitando o mecanismo chamado Plano de Ação para a Adesão".
Stoltenberg anunciou na semana passada em Bruxelas, após uma reunião dos ministros da Defesa, que está a ser preparado um novo conselho NATO-Ucrânia, onde o país esteja em pé de igualdade com os membros da organização.
"A nossa ambição é termos uma primeira reunião do novo conselho em Vílnius, com o Presidente Zelensky", referiu, na cimeira da NATO, em julho.
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