O noroeste e o centro da Nigéria são regularmente palco de tensões e conflitos mortais entre comunidades agrícolas e de pastores sobre a utilização das terras e dos recursos hídricos.
Nos últimos atos de violência, na terça-feira, seis membros de um grupo de autodefesa dos agricultores locais foram mortos por homens armados no distrito de Riyom, enquanto dez outras pessoas foram mortas num ataque na região de Mangu, segundo um porta-voz do exército.
"Seis vidas foram perdidas em Riyom", disse o major Ishaku Takwa à agência AFP na quarta-feira. "Outro ataque ocorreu em algumas comunidades de Mangu e dez pessoas morreram", acrescentou.
Bala Fwangje, deputado local de Mangu Sul, disse que 14 pessoas tinham sido mortas na zona.
"Soubemos que 14 pessoas foram mortas, casas destruídas e bens queimados. Ainda não recebi todos os pormenores", disse Fwangje.
Desde maio, a violência causou mais de 200 mortos entre as comunidades agrícolas Berom e as comunidades de pastores Fula nas regiões de Riyom, Barkin Ladi e Mangu.
A cadeia de assassinatos seguida de represálias e a ausência de uma justiça efetiva encorajaram o aparecimento de um elemento criminoso mais vasto na região, com bandos a efetuarem ataques a aldeias, matando dezenas de habitantes e raptando-os para obterem resgate.
Estes abusos são um dos muitos desafios de segurança que o Presidente Bola Tinubu enfrenta à frente do país mais populoso de África e da maior economia do continente.
Leia Também: Pelo menos 20 mortos em ataques nos últimos dias na Nigéria