"Como parte da operação antiterrorista que está a decorrer no território da região Voronezh, as forças [militares] da Federação Russa estão a executar as medidas necessárias, tanto operacionais como de combate", adiantou Gusev no serviço de mensagens Telegram.
Os serviços secretos militares britânicos avançaram hoje que o grupo Wagner terá entrado em Voronezh após assumir o controlo de "zonas-chave de segurança" na cidade de Rostov, incluindo "o quartel-general que comanda as operações militares na Ucrânia".
Londres assinalou que a organização paramilitar russa está a avançar para o norte do país "através da região de Voronezh" e que "certamente tem como objetivo [atingir] Moscovo"
Numa outra mensagem, Gusev deu conta de uma explosão de um depósito de combustível na cidade, que mobilizou "mais de 100 bombeiros e 30 viaturas", evitando comentar qualquer relação com o grupo Wagner.
"De acordo com os primeiros dados, não há vítimas", disse.
O chefe do grupo paramilitar Wagner, Yevgeny Prigozhin, reivindicou hoje a ocupação de Rostov e apelou a uma rebelião contra o comando militar russo, que acusou de atacar os seus combatentes.
O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, qualificou a ação do grupo paramilitar de rebelião, afirmando tratar-se de uma "ameaça mortal" ao Estado russo e uma traição, garantindo que não vai deixar acontecer uma "guerra civil".
Prigozhin acusara antes o Exército russo de atacar acampamentos dos seus mercenários, causando "um número muito grande de vítimas", acusações negadas pelo Ministério da Defesa da Rússia.
As acusações de Prigozhin expõem profundas tensões dentro das forças de Moscovo em relação à ofensiva na Ucrânia.
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