"Estes ataques vão contra todos os valores morais e judaicos e são também terrorismo nacionalista em todos os sentidos, e somos obrigados a combatê-los", afirmaram hoje o Chefe do Estado-Maior do Exército, Herzi Halevi, o diretor dos Serviços de Informação do Interior, Ronen Bar, e o chefe da Polícia, Yaakov Shabtai, numa declaração conjunta.
No documento, consideram que "esta violência aumenta o terrorismo palestiniano, prejudica o Estado de Israel e a legitimidade internacional das forças de segurança para combater o terrorismo palestiniano, desviando as forças de segurança da sua principal missão, que é combater o terrorismo palestiniano", acrescentam.
Os signatários também alertaram para o facto de a agressão dos colonos contra os palestinianos obrigar as forças de segurança a intervir e colocar as suas vidas em risco.
Por outro lado, comprometeram-se a "continuar a agir com determinação e com todos os meios" para manter a segurança na Cisjordânia, anunciando o desvio de tropas e o reforço de unidades para evitar novos ataques contra civis palestinianos.
Estes meios incluirão detenções de colonos ao abrigo do regime de detenção administrativa, dentro do qual Israel detém habitualmente palestinianos sem acusação ou julgamento.
Esta invulgar declaração conjunta surge após vários dias consecutivos de ataques implacáveis por parte de colonos judeus a cidades palestinianas na Cisjordânia ocupada que começaram na terça-feira, na sequência de um ataque palestiniano na zona que matou quatro civis israelitas.
Desde então, grandes grupos de colonos atacaram várias aldeias e cidades palestinianas com armas, pedras e explosivos, incendiaram dezenas de casas e veículos, provocando dezenas de feridos e a morte de um palestiniano.
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