De acordo com a agência de notícias Europa Press, a Grécia realiza as eleições foram marcadas pela questão das migrações após o recente naufrágio no mar Jónico, mas também pelo desemprego e pelo défice comercial.
O atual primeiro-ministro, Kyriakos Mitsotakis, e o líder do Syriza, Alexis Tsipras, encorajaram a população a votar nas eleições de hoje.
"Hoje é um dia em que os cidadãos falam com alegria e responsabilidade", disse o primeiro-ministro Mitsotakis.
"Votamos por um Governo estável e eficaz. Os cidadãos devem cumprir o seu dever com maturidade, para o bem das suas famílias", declarou após votar em Cefisia, a nordeste de Atenas.
O líder do Syriza também já votou no município de Peristeri, a oeste de Atenas, apelando ao voto para defender "a qualidade da democracia".
Alexis Tsipras declarou que o seu partido é o único que pode desempenhar um papel governamental de forma confiável e com estabilidade.
"Um Syriza forte hoje significa uma sociedade forte e uma democracia saudável amanhã", acrescentou Tsipras no Facebook.
O Ministério do Interior grego já começou a divulgar os primeiros dados da votação: 11,29% dos eleitores já haviam votado até às 10:30 (08:30 em Portugal).
Segundo as mais recentes sondagens, o partido da Nova Democracia (ND) de Mitsotakis deverá obter 41% dos votos, ficando mais de 20 pontos à frente do Syriza, que deverá ficar pelos 20%.
As percentagens de intenção de voto são quase idênticas às obtidas pelos partidos nas eleições legislativas de 21 de maio, embora desta vez o líder conservador apenas precise de 39% para obter a maioria absoluta no Parlamento de 300 lugares.
Isto acontece graças ao bónus de até 50 lugares para o partido vencedor, que tinha sido eliminado nas últimas eleições, o que acabou por fazer fracassar todas as tentativas de formar Governo.
Mitsotakis apresentou-se perante os eleitores com a promessa de finalizar as reformas aplicadas pelo seu Governo para que a economia grega continue a crescer, dizendo ser fundamental que o país se aproxime da Europa em termos de salários e padrões de vida.
Tsipras defende uma economia "que funcione para todos" e - depois da derrota do seu partido em maio, quando perdeu um terço do seu eleitorado face a 2019 -- pede agora o voto para que o Syriza se mantenha um "partido de oposição forte".
Leia Também: Grécia vai hoje a votos após campanha dominada por migrações e economia