Rebelião? "Regime de Putin foi apunhalado pelas costas", diz Kyiv

A Ucrânia descreveu hoje a rebelião de 24 horas do grupo paramilitar Wagner na Rússia como "uma humilhação" para o Kremlin.

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© Sergii Kharchenko/NurPhoto via Getty Images

Lusa
25/06/2023 16:51 ‧ 25/06/2023 por Lusa

Mundo

Guerra na Ucrânia

No Twitter, o secretário do Conselho de Segurança e Defesa Nacional da Ucrânia, Oleksi Danilov, afirmou que a tentativa de motim reflete o início do "desmantelamento do sistema" de Putin.

A rebelião foi a "ponta do icebergue de um processo de desestabilização", disse Danilovo, segundo a qual se formou um "grupo de descontentes", tanto nas forças de segurança como no funcionalismo público.

Segundo Danilov, a única opção que Putin tem para "se salvar" é a "liquidação física" dos mercenários do grupo Wagner, uma punição exemplar para Yevgeny Prigozhin e implementação da lei marcial.

O secretário do Conselho de Segurança e Defesa Nacional da Ucrânia conclui que insurreição foi "uma facada nas costas" para Putin. "O regime de Putin foi apunhalado pelas costas", frisou.

De acordo com o assessor presidencial ucraniano Mikhailo Podoliak, a insurreição revelou a erosão do poder de Vladimir Putin, gerou o caos e foi resolvida através da mediação de "um intermediário de reputação duvidosa", como o Presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko.

"Foi uma excelente opção... Vocês quase anularam Putin, assumiram o controlo das autoridades centrais e de repente retiraram-se", salientou Podoliak, acrescentando que ficou demonstrado que o Kremlin não detém o "monopólio da violência".

O chefe do grupo paramilitar Wagner, Prigozhin, suspendeu no sábado as movimentações da rebelião na Rússia contra o comando militar, menos de 24 horas depois de ter ocupado Rostov, cidade-chave no sul do país para guerra na Ucrânia.

Putin qualificou, no sábado, de rebelião a ação do grupo, afirmando tratar-se de uma "ameaça mortal" ao Estado russo e uma traição.

No final do dia de sábado, em que foi notícia o avanço de forças da Wagner até cerca de 200 quilómetros de Moscovo, Prigozhin anunciou ter negociado um acordo com Lukashenko.

Leia Também: Rebelião "humilhou" Putin. Mas poderá haver consequências a longo prazo?

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