Nesta segunda volta das eleições no condado de Sonneberg, na Turíngia, o candidato da Alternativa para a Alemanha (AfD), Robert Sesselmann, à frente na primeira volta, há duas semanas, venceu por 52,8% contra 47,2% para o opositor de centro-direita Jürgen Köpper.
Sonneberg tem uma população relativamente pequena de 56.800 habitantes, mas a vitória é um marco simbólico para a AfD, um partido com 10 anos de existência que tem obtido ultimamente entre 18% e 20% nas sondagens nacionais.
A coligação de centro-esquerda do chanceler Olaf Scholz com os Verdes ecologistas e os Democratas Livres, pró-empresariais, enfrenta fortes obstáculos devido à elevada imigração para a Alemanha, pelo plano para substituir milhões de sistemas de aquecimento doméstico, enquanto a inflação permanece elevada.
O bloco de oposição de centro-direita União, de Köpper, lidera as sondagens nacionais, com uma fraca taxa de apoio de pouco menos de 30%.
A AfD entrou pela primeira vez no parlamento nacional em 2017, depois de ter feito uma forte campanha contra a migração, na sequência de um afluxo de refugiados à Europa nos anos anteriores e, ultimamente, tem-se manifestado contra o apoio alemão à Ucrânia.
Apesar de ter sido largamente evitado pelos partidos tradicionais, estabeleceu-se como uma força duradoura, particularmente no leste, anteriormente comunista e menos próspero.
A AfD enfrenta um escrutínio crescente por parte da agência de informação interna da Alemanha.
A secção regional na Turíngia é dirigida por uma figura proeminente da extrema-direita do partido, Björn Höcke, que foi recentemente acusado pelo Ministério Público por ter alegadamente utilizado, num discurso de 2021, um slogan usado pela tropa de choque dos nazis.
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