O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, deixou claro, esta segunda-feira, "que [os EUA] não estiveram envolvidos” no ato de rebelião do Grupo Wagner.
"Deixamos claro que não estivemos envolvidos. Não tivemos nada a ver com isso. Isso fazia parte de uma luta dentro do sistema russo", disse, na primeira declaração após o motim.
Recorde-se que, esta tarde, Sergei Lavrov, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, veio a público sugerir que poderia ter existido um envolvimento do Ocidente.
“Independentemente do que aconteça na Rússia, os EUA vão continuar a apoiar a Ucrânia”, frisou ainda Joe Biden.
No sábado, o chefe do grupo paramilitar Wagner, Yevgeny Prigozhin, suspendeu as movimentações da rebelião na Rússia contra o comando militar, menos de 24 horas depois de ter ocupado Rostov, cidade-chave no sul do país para guerra na Ucrânia.
O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, qualificou de rebelião a ação do grupo, afirmando tratar-se de uma "ameaça mortal" ao Estado russo e uma traição, garantindo que não iria permitir o início de uma "guerra civil".
Ao fim do dia de sábado, em que foi notícia o avanço de forças da Wagner até cerca de 200 quilómetros de Moscovo, Prigozhin anunciou ter negociado um acordo com o Presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko.
Antes, o chefe do grupo paramilitar acusou o Exército russo de atacar acampamentos dos seus mercenários, causando "um número muito grande de vítimas", acusações que expõem profundas tensões dentro das forças de Moscovo em relação à ofensiva na Ucrânia.
Leia Também: Prigozhin diz que rebelião não era para "destronar liderança da Rússia"