De acordo com uma análise do WRI, que teve por base dados recolhidos através de satélite, a perda é equivalente a um campo de futebol de árvores tropicais derrubadas ou queimadas a cada cinco segundos em 2022, representando mais 10% de área destruída do que em 2021.
O satélite Global Forest Watch (GFW) registou em 2022 a destruição de mais de 4,1 milhões de hectares de florestas primárias tropicais, cruciais para a biodiversidade e o armazenamento de carbono do planeta.
O país mais afetado é o Brasil, com uma área destruída que representa 43% das perdas globais, à frente da República Democrática do Congo (13%) e da Bolívia (9%).
No top 10 do ranking de 2022 estão também o Peru (3,9%), Colômbia (3,1%), Laos (2,3%), Camarões (1,9%), Papua Nova Guiné (1,8%) e Malásia (1,7%).
Na Indonésia, por outro lado, a destruição da floresta diminuiu pelo quinto ano consecutivo.
"Estamos a perder uma das nossas ferramentas mais eficazes para combater as mudanças climáticas, proteger a biodiversidade e apoiar a saúde e os meios de subsistência de milhões de pessoas", disse hoje a diretora do GFW, Mikaela Weisse, em conferência de imprensa.
A aceleração da destruição florestal continua, apesar dos compromissos assumidos na Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP26) em Glasgow, Escócia, em 2021 pelos principais líderes mundiais.
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