Em conversa telefónica entre os dois ministros, Sergei Lavrov "agradeceu ao governo venezuelano pelo apoio e solidariedade" manifestado após o levante armado.
"Durante a conversa, as partes também discutiram questões atuais da agenda bilateral e o andamento de projetos conjuntos prioritários", acrescentou em comunicado o Ministério das Relações Exteriores da Rússia.
As partes "confirmaram o interesse mútuo em continuar a aumentar a interação russo-venezuelana em vários formatos internacionais, a fim de construir uma ordem mundial mais justa e segura", acrescenta.
O chefe do grupo paramilitar Wagner, Yevgeny Prigozhin, suspendeu sábado as movimentações da rebelião na Rússia contra o comando militar, menos de 24 horas depois de ter ocupado Rostov, cidade-chave no sul do país para guerra na Ucrânia.
O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, qualificou de rebelião a ação do grupo, afirmando tratar-se de uma "ameaça mortal" ao Estado russo e uma traição, garantindo que não vai deixar acontecer uma "guerra civil".
Ao fim do dia, em que foi notícia o avanço de forças da Wagner até cerca de 200 quilómetros de Moscovo, Prigozhin anunciou ter negociado um acordo com o Presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko.
Antes, o chefe do grupo paramilitar acusou o Exército russo de atacar acampamentos dos seus mercenários, causando "um número muito grande de vítimas", acusações que expõem profundas tensões dentro das forças de Moscovo em relação à ofensiva na Ucrânia.
Leia Também: AM de Lisboa quer relatório sobre Associação dos Ucranianos em Portugal