"Ao abrigo da Constituição da República da Serra Leoa, tomou posse com uma promessa renovada de trabalhar frontalmente para a aceleração da agenda de desenvolvimento nacional para melhorar a qualidade de vida do povo da Serra Leoa", lê-se no 'site' da Presidência da República, citado pela agência Europa Press.
De acordo com o discurso de tomada de posse no 'site' da Presidência, a prioridade de Bio será "a segurança alimentar, consolidar os avanços no desenvolvimento de capital humano, criar trabalhos para os jovens, modernizar os serviços públicos e desenvolver a tecnologia e a infraestrutura".
Não se dirigindo diretamente ao seu adversário, Bio disse ainda: "Devemos unir-nos, agora que as eleições terminaram, e perseguir um objetivo comum, que é o desenvolvimento do nosso querido país".
Apesar de Bio já ter tomado posse, o candidato derrotado, Kamara, escreveu na rede social Twitter que o dia eleitoral foi "um dia triste", devido ao "ataque frontal à emergência da democracia".
"Ouvimos o desafortunado anúncio sobre as eleições presidenciais de 24 de junho por parte do presidente da comissão eleitoral", afirmou, defendendo que "os resultados não são credíveis".
"Rejeito de forma categórica o resultado anunciado pela comissão eleitoral", escreveu, reforçando que os dados sobre a votação "não são credíveis".
"Dou graças a todos pela confiança e por me apoiarem, reconheço os esforços dos nossos parceiros locais e internacionais, que apoiaram a transparência e a democracia", escreveu Kamara, prometendo "ficar em cima desta farsa" e "continuar a lutar por uma Serra Leoa melhor".
Julius Maada Bio foi reeleito à primeira volta com 56,17% dos votos, anunciou na terça-feira o presidente da comissão nacional eleitoral, Mohamed Kenewui Konneh.
O seu principal adversário, Samura Kamara, ficou em segundo lugar, com 41,16% dos votos, de acordo com os resultados finais apresentados numa conferência de imprensa em Freetown.
A lei eleitoral do país diz que um candidato é eleito à primeira volta se obtiver mais de 55% dos votos.
Cerca de 3,4 milhões de pessoas foram convocadas para escolher entre 13 candidatos para a eleição presidencial, um escrutínio com a aparência de uma desforra de 2018 entre Bio, um militar reformado de 59 anos, e Kamura, um tecnocrata de 72 anos e líder do Congresso de Todo o Povo (APC).
Em 2018, Bio venceu Kamura, mas só numa segunda volta, tendo recebido 51,8% dos votos.
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