Com um evento agendado para hoje, em Chicago, para promover a "Bidenomics" - a sua estratégia económica que consiste em fazer a "economia crescer do meio para fora e de baixo para cima", Biden enfrenta o ceticismo de parte significativa do eleitorado em relação à sua política económica.
De acordo com uma sondagem do Associated Press-NORC Center for Public Affairs Research, apenas 34% dos inquiridos aprovam a forma como o chefe de Estado lida com a economia, uma percentagem ainda menor face ao seu índice de aprovação geral: 41%.
Estes números surgem numa altura em que o Presidente procura a reeleição com uma estratégia de campanha que aposta na promoção dos seus resultados económicos e em fazer a diferença para a classe média norte-americana.
Joe Biden quer que os eleitores liguem às iniciativas que promoveu e sancionou durante os dois primeiros anos do seu Governo os novos projetos de infraestruturas, construção de fábricas e de veículos elétricos e energias renováveis do país.
Ao partir para Chicago, Biden disse acreditar que os Estados Unidos evitarão a recessão que muitos analistas económicos esperavam.
"Tenho ouvido todos os meses que haverá uma recessão no mês que vem. Acho que não", disse.
De facto, a economia norte-americana melhorou constantemente ao longo do ano passado e o desemprego está perto de mínimos históricos, em 3,7%.
Também a inflação, que atormentou a Presidência de Biden, caiu para 4%, de um pico de 9,1% em junho passado. Mas os preços ainda sobem significativamente, uma preocupação para os eleitores e uma linha de ataque para a oposição Republicana e outros candidatos presidenciais.
A nova sondagem identifica uma fraqueza dentro da própria base de Biden. Muitos dos Democratas não estão entusiasmados com o seu histórico económico. Setenta e dois por cento dos inquiridos dentro do seu partido dizem que aprovam a maneira como Biden lida com o cargo em geral, mas apenas 60% dizem que apoiam a sua maneira de trabalhar com a parte económica.
Em comparação, durante o auge da pandemia, com o aumento do desemprego, os Republicanos aprovaram por um número esmagador a liderança económica do então Presidente Donald Trump. Agora, apenas cerca de um em cada 10 republicanos aprova Biden no geral ou na economia, em mais uma prova da polarização que define a atual política norte-americana.
No geral, 30% dos adultos norte-americanos dizem que acham que a economia nacional está boa, um pouco acima dos 25% que disseram isso no mês passado, quando o Presidente e os Republicanos do Congresso estavam em plenas negociações sobre o aumento do limite da dívida do país.
No geral, os Democratas continuam mais propensos a considerar positivamente o estado da economia do que os Republicanos (47% e 13%, respetivamente).
Assessores da Casa Branca acreditam que o discurso que Biden fará hoje pode gerar maior consciencialização sobre as suas políticas e aumentar a valorização da economia pelos eleitores Democratas.
A sondagem, que consultou 1.220 adultos, foi realizada de 22 a 26 de junho e tem uma margem de erro de cerca de 3,9 pontos percentuais.
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