Kuleba defende que "chegou a hora de clarificar" adesão à NATO

O chefe da diplomacia ucraniana, Dmytro Kuleba, disse hoje ao secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, "ter chegado a hora de clarificar" a adesão da Ucrânia à Aliança Atlântica, a menos de duas semanas da cimeira de Vílnius.

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Lusa
29/06/2023 12:22 ‧ 29/06/2023 por Lusa

Mundo

Ucrânia

 

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"A Ucrânia continua a trabalhar ativamente com todos os aliados da NATO para os convencer de que chegou o momento de clarificar a adesão à Aliança" Atlântica, afirmou o ministro ucraniano na rede social Twitter, após uma conversa telefónica com Stoltenberg.

A Ucrânia tem apelado sistematicamente à Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) para que a integre na Aliança, uma vez terminada a guerra com a Rússia.

Na quarta-feira, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu para que, na cimeira anual da Aliança Atlântica, marcada para 11 e 12 de julho, em Vílnius, sejam definidos dados concretos para a adesão à NATO

"Somos um Estado responsável e compreendemos que não podemos ser membros da NATO em tempo de guerra. Mas temos de ter a certeza de que, depois da guerra, seremos", disse ao Parlamento ucraniano.

Os aliados ainda estão a procurar uma linha comum sobre as garantias de segurança que estão dispostos a dar a Kiev, para além da questão da possível adesão.

A 17 deste mês, o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, avisou que a Ucrânia não receberá tratamento preferencial quando se puser a questão da adesão à NATO.

"[A Ucrânia] terá de cumprir todos os critérios. Por isso, não vamos facilitar as coisas", assegurou Biden aos jornalistas.

Na cimeira a realizar na capital da Lituânia, Jens Stoltenberg já garantiu que a Ucrânia não será convidada a aderir à Aliança, mas sublinhou que a NATO espera, no entanto, realizar a primeira reunião do novo Conselho NATO-Ucrânia com Volodymyr Zelensky na cimeira.

Antes da invasão da Ucrânia, a Rússia tinha posto um travão à adesão do país vizinho à Aliança Atlântica, uma ameaça à sua soberania, segundo o Kremlin. 

A ofensiva russa na Ucrânia, iniciada a 24 de fevereiro de 2022, já permitiu convencer a Finlândia e a Suécia a pôr fim a décadas de neutralidade e a aderirem à organização.

A Finlândia já é Estado membro da organização, enquanto a Suécia está à espera que Turquia e Hungria deem 'luz verde' à adesão.

Leia Também: Exército ucraniano reclama avanços na frente de Bakhmut

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