Kuleba defende que "chegou a hora de clarificar" adesão à NATO
O chefe da diplomacia ucraniana, Dmytro Kuleba, disse hoje ao secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, "ter chegado a hora de clarificar" a adesão da Ucrânia à Aliança Atlântica, a menos de duas semanas da cimeira de Vílnius.
© Getty Images
Mundo Ucrânia
"A Ucrânia continua a trabalhar ativamente com todos os aliados da NATO para os convencer de que chegou o momento de clarificar a adesão à Aliança" Atlântica, afirmou o ministro ucraniano na rede social Twitter, após uma conversa telefónica com Stoltenberg.
A Ucrânia tem apelado sistematicamente à Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) para que a integre na Aliança, uma vez terminada a guerra com a Rússia.
Na quarta-feira, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu para que, na cimeira anual da Aliança Atlântica, marcada para 11 e 12 de julho, em Vílnius, sejam definidos dados concretos para a adesão à NATO
"Somos um Estado responsável e compreendemos que não podemos ser membros da NATO em tempo de guerra. Mas temos de ter a certeza de que, depois da guerra, seremos", disse ao Parlamento ucraniano.
Os aliados ainda estão a procurar uma linha comum sobre as garantias de segurança que estão dispostos a dar a Kiev, para além da questão da possível adesão.
A 17 deste mês, o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, avisou que a Ucrânia não receberá tratamento preferencial quando se puser a questão da adesão à NATO.
"[A Ucrânia] terá de cumprir todos os critérios. Por isso, não vamos facilitar as coisas", assegurou Biden aos jornalistas.
Na cimeira a realizar na capital da Lituânia, Jens Stoltenberg já garantiu que a Ucrânia não será convidada a aderir à Aliança, mas sublinhou que a NATO espera, no entanto, realizar a primeira reunião do novo Conselho NATO-Ucrânia com Volodymyr Zelensky na cimeira.
Antes da invasão da Ucrânia, a Rússia tinha posto um travão à adesão do país vizinho à Aliança Atlântica, uma ameaça à sua soberania, segundo o Kremlin.
A ofensiva russa na Ucrânia, iniciada a 24 de fevereiro de 2022, já permitiu convencer a Finlândia e a Suécia a pôr fim a décadas de neutralidade e a aderirem à organização.
A Finlândia já é Estado membro da organização, enquanto a Suécia está à espera que Turquia e Hungria deem 'luz verde' à adesão.
Leia Também: Exército ucraniano reclama avanços na frente de Bakhmut
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com