O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, recusou, esta sexta-feira, enviar "mais dinheiro à Ucrânia", se os líderes da União Europeia (UE) concordarem sobre a importância de assegurar compromissos de segurança a longo prazo a Kyiv - segundo as conclusões da reunião do Conselho Europeu.
As declarações de Orbán foram feitas à rádio estatal húngara, à margem do Conselho Europeu, em Bruxelas.
"Uma coisa é certa: nós, húngaros, não vamos dar mais dinheiro à Ucrânia enquanto não disserem para onde foram os cerca de 70 mil milhões de euros de fundos anteriores", atirou, segundo cita a Reuters.
"E achamos absolutamente ridículo e absurdo que devamos contribuir com mais dinheiro para financiar os custos do serviço da dívida de um empréstimo do qual ainda não recebemos os fundos a que temos direito", acrescentou.
Em causa, recorde-se, está o facto a Hungria, tal como a Polónia, terem visto o seu acesso aos fundos de recuperação da União Europeia (UE) ser bloqueado. A Comissão Europeia acusou os governos nacionalistas dos dois países de prejudicarem a democracia e o estado de direito.
Orbán defendeu que há pouca probabilidade de os Estados-membros aprovarem estes planos financeiros e atirou: que a "longa luta" comece.
De acordo com as conclusões da reunião do Conselho Europeu, divulgadas durante a madrugada de hoje, os 27 da UE "estão prontos para contribuir, em conjunto com os parceiros, para compromissos de segurança futuros à Ucrânia".
Estes compromissos, que não são especificados, permitirão à Ucrânia "defender-se a longo prazo, dissuadir atos de agressão e resistir a esforços de desestabilização".
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