"O grupo, desde a sua criação, desempenhou um papel fundamental na promoção da paz, reconciliação e estabilidade em todo Moçambique", disse Filipe Nyusi, citado num comunicado da Presidência.
A última base da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), maior partido da oposição, foi encerrada em Vunduzi, distrito de Gorongosa, na província central de Sofala, no dia 15, marcando o fim do processo de desarmamento e desmobilização dos guerrilheiros do partido.
Para o chefe de Estado moçambicano, os esforços do grupo de contacto para a paz, liderado por Mirko Manzoni, foram "cruciais" durante o processo, encorajando as partes a se manterem no "caminho certo", além de mobilizar recursos "tão necessários" para fazer avançar as negociações.
"A recente conclusão das atividades de desarmamento e desmobilização é um dos resultados em relação ao qual estamos imensamente orgulhosos como nação", destacou Filipe Nyusi.
O Presidente de Moçambique agradeceu a cada um dos membros do grupo de contacto pelo empenho, sugerindo que "continuem a colaborar com os doadores" enquanto se prossegue para a fase da reintegração.
Mirko Manzoni, então embaixador da Suíça em Moçambique, foi apontado em julho de 2019 pelo secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, para mediar as conversações de paz entre o Governo de Moçambique e a Renamo.
O encerramento da última base da Renamo faz parte do Acordo de Paz e Reconciliação Nacional assinado entre o Governo e a Renamo em agosto de 2019, o terceiro assinado entre as partes, tendo sido os dois primeiros violados e resultado em confrontação armada, na sequência da contestação dos resultados eleitorais pelo principal partido da oposição.
No âmbito do Desarmamento, Desmobilização e Reintegração, 5.221 guerrilheiros da Renamo voltaram para casa.
Segue-se a fase de reintegração, que inclui o início do pagamento de pensões aos desmobilizados.
Leia Também: Fisco moçambicano apreende contentores de tabaco por sonegação de imposto