De acordo com a fonte, que se baseia em dados de satélite e simulações de computador para fazer as medições, a temperatura média global na quarta-feira foi de 17,18 graus Celsius, igualando o valor de terça-feira.
Segunda-feira já tinha sido o mais quente alguma vez medido em termos mundiais, superando pela primeira vez a média dos 17 graus centígrados.
A temperatura média diária do ar na superfície do planeta na segunda-feira foi medida em 17,01 graus por um serviço dependente da Agência dos EUA para a Atmosfera e os Oceanos (NOAA, na sigla em Inglês).
Este valor superou o recorde diário precedente (16,92 graus) estabelecido em 24 de julho de 2022, segundo os dados dos centros nacionais de previsão ambiental da NOAA.
Os cientistas alertam há meses que 2023 poderá registar recordes de calor à medida que as mudanças climáticas causadas pelo homem, impulsionadas em grande parte pela queima de combustíveis fósseis como carvão, gás natural e petróleo, aquecem a atmosfera.
Estas observações são provavelmente uma antecipação do que aí vem com o fenómeno designado El Niño (em Castelhano) -- geralmente associado a um aumento das temperaturas à escala mundial -, complementado com os efeitos do aquecimento climático causado pela atividade humana.
O cientista climático da Universidade do Maine, Sean Birkle, criador do Climate Reanalyzer, disse que os números diários não são oficiais, mas são informação útil para o que está a acontecer no mundo no que diz respeito ao aquecimento global.
Os cientistas geralmente usam medições mais longas -- meses, anos, décadas -- para rastrear o aquecimento da Terra, mas as altas temperaturas diárias são uma indicação de que a mudança climática está a atingir um território desconhecido.
Os recordes de alta temperatura foram superados esta semana no Quebec, Canadá, e no Peru. Pequim registou durante nove dias consecutivos na semana passada temperaturas acima dos 35 graus Celsius.
O ano 2022 foi o oitavo consecutivo onde as temperaturas médias mundiais foram superiores em pelo menos um grau aos níveis observados entre 1850 e 1900.
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