Putin "vingativo"? "Se pensam que Prigozhin será morto, não acontecerá"
De acordo com o presidente bielorrusso, o mercenário está de regresso a São Petersburgo ou a Moscovo.
© Reuters
Mundo Ucrânia/Rússia
O presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, assegurou, esta quinta-feira, que o líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, está “absolutamente” seguro no que diz respeito ao seu regresso à Rússia, considerando que o seu homólogo, Vladimir Putin, não é “malicioso” nem “vingativo” para o matar.
“Se pensam que Putin é malicioso ou vingativo e que Prigozhin será morto amanhã… Não, isso não acontecerá”, apontou, citado pela Sky News.
As declarações surgiram depois de, também esta quinta-feira, o chefe de Estado ter revelado que o mercenário já deixou a Bielorrússia, onde estava exilado na sequência de um acordo que permitiu a Prigozhin pôr termo ao motim levado a cabo no dia 24 de junho.
De acordo com o presidente bielorrusso, o fundador daquela milícia armada está de regresso a São Petersburgo ou a Moscovo, confirme adiantou a agência Reuters, que cita meios daquele país.
O responsável apontou ainda que os soldados do Grupo Wagner continuam a ser bem-vindos para assumir posições na Bielorrússia, ainda que estejam nas “bases” onde se encontravam anteriormente, sem dar mais pormenores.
Lukashenko considerou, além disso, que a Ucrânia está "a planear algo sério" a propósito da cimeira da NATO, o que, na sua ótica, destruirá as suas capacidades e reservas militares.
Segundo informações reveladas pelo meio russo Fontanka, Prigozhin terá regressado à Rússia no início desta semana para recolher um arsenal de armas, tendo sido visto a chegar ao edifício do Serviço Federal de Segurança da Rússia na terça-feira.
Horas antes, terá sido convidado a recolher as armas confiscadas a propósito da sua tentativa de motim, tendo, além disso, sido presentado com uma pistola Glock por parte do ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu.
Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já provocou a fuga de mais de 14,6 milhões de pessoas, segundo os dados mais recentes da Organização das Nações Unidas (ONU), que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A entidade confirmou ainda que já morreram mais de 9.083 civis desde o início da guerra e 24.862 ficaram feridos, sublinhando, contudo, que estes números estão muito aquém dos reais.
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