Para já, o Canadá vai enviar mais 1.200 soldados para a Letónia, ao abrigo de um acordo para estacionar uma brigada completa pronta para o combate até 2026.
Trudeau -- que fez uma paragem na base militar de Adazi, na Letónia, antes de se deslocar para a cimeira da NATO, em Vilnius, na Lituânia, que começa na terça-feira - explicou que este efetivo adicional deverá "fortalecer e aprimorar operações terrestres, marítimas, aéreas e especiais na Europa Central e Oriental".
A ministra da Defesa da Letónia, Inara Murniece, e a ministra da Defesa do Canadá, Anita Anand, assinaram um acordo que determina os próximos passos para aumentar o Agrupamento Tático de Presença Alargada da NATO, liderado pelo Canadá na Letónia, passando do nível de batalhão para o nível de brigada.
Nesta paragem em Adazi, Trudeau disse que o compromisso declarado do Canadá de duplicar o número de militares canadianos estacionados neste Estado báltico até 2026 é uma confirmação da intenção do país em fortalecer as capacidades de segurança e defesa não apenas da Letónia, mas em todo o flanco oriental da NATO.
Além de aumentar a presença de tropas, o Canadá já anunciou que colocará 15 tanques Leopard 2 e pessoal de apoio na Letónia ainda este ano.
O primeiro-ministro da Letónia, Krisjanis Karins, disse que o seu país adotou recentemente a legislação necessária para criar uma nova área de treino militar, no sudeste, que, entre outras funções, abrigará parte da brigada da NATO.
O chefe de Governo da Letónia também anunciou que vai antecipar para 2024 o momento em que o seu país passará a gastar 3% do seu Produto Interno Bruto (PIB) em defesa nacional.
O Canadá lidera o grupo de batalha da NATO colocado na Letónia desde 2017, que conta com um efetivo de mais de 1.700 soldados.
A par dos militares canadianos, o dispositivo integra operacionais da Albânia, República Checa, Itália, Polónia, Montenegro, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Islândia e Macedónia do Norte.
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