Palestina. Grupo reivindica ataque com 'rockets' que não provocou vítimas
Uma milícia palestiniana autodenominada Batalhão Ayash reivindicou hoje o disparo de dois projéteis, a partir da zona de Jenin, contra um colonato israelita no norte da Cisjordânia ocupada, sem causar vítimas.
© Nasser Ishtayeh/SOPA Images/LightRocket via Getty Images
Mundo Cisjordânia
Conforme relatado pelo Exército israelita, as tropas "localizaram dois lançadores e os restos de dois 'rockets' improvisados" em Shaked, um assentamento judeu a poucos quilómetros de Jenin, onde na semana passada decorreu uma operação militar israelita de grande envergadura, que terminou com 12 milicianos palestinianos e um soldado israelita mortos.
No entanto, "os 'rockets' lançados hoje não representam uma ameaça para os civis", especificou um porta-voz militar, acrescentando que especialistas em desativação de explosivos examinaram o material, que foi transferido para "processamento posterior".
É o segundo lançamento deste tipo realizado pelo Batalhão Ayash, com padrão semelhante ao disparo de outros dois projéteis há 15 dias na mesma zona. Um deles voou apenas cerca de cinco metros e o outro caiu após percorrer 80 metros, sem causar feridos ou danos materiais.
Eram 'rockets' improvisados ??com capacidades limitadas e sem cargas explosivas, mas os ataques ocorrem num momento de tensão máxima no norte da Cisjordânia, após a forte incursão israelita por terra e ar no campo de refugiados de Jenin na semana passada, a maior desde a Segunda Intifada (2000-2005).
Esta operação teve como objetivo eliminar a capacidade militar das milícias da cidade, um dos bastiões da resistência armada palestiniana na região.
A operação de Israel, com cerca de mil soldados e o uso de 'drones' de ataque, deixou uma extensa devastação na zona rural de Jenin, onde as infraestruturas de água e eletricidade foram severamente danificadas e centenas de casas destruídas.
A tensão permanece na Cisjordânia e na quinta-feira um soldado israelita foi morto a tiro por um palestiniano ligado ao braço armado do grupo islâmico Hamas.
Na sexta-feira, o exército israelita realizou um ataque à cidade de Nablus - outro centro da milícia palestiniana -, onde matou dois homens armados que acusou de realizarem um ataque contra polícias alguns dias antes.
Nesse mesmo dia, outro palestiniano foi morto em confrontos com tropas israelitas e hoje outro foi abatido a tiro pelos israelitas após lançar uma granada e disparar contra soldados.
O conflito israelo-palestiniano está a atravessar a sua maior tensão em duas décadas. Em 2023, 161 palestinianos já morreram em Israel e na Cisjordânia, parte deles milicianos em confrontos armados, mas também civis e 27 menores.
Do lado israelita, 27 pessoas foram mortas em ataques palestinianos, a maioria colonos, incluindo cinco menores.
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