Pelo menos três pessoas morreram na sexta-feira em diferentes cidades do país, durante manifestações convocadas pelo líder da oposição, Raila Odinga, e a Comissão Nacional de Direitos Humanos do Quénia já pediu uma "investigação completa a todos os casos de brutalidade policial".
Em comunicado, o chefe da polícia queniana, o inspetor-geral Japhet Koome, disse que as autoridades não foram "notificadas" de quaisquer ações previstas para esta semana.
"Consequentemente, nenhum ajuntamento, manifestação ou movimento de protesto será autorizado amanhã [quarta-feira]. Todos os meios legais serão usados para dispersar tais manifestações", advertiu.
Na sexta-feira, a polícia queniana lançou gás lacrimogéneo contra um desfile de Raila Odinga na capital do país, Nairobi, mas também nas cidades de Mombasa e Kisumu.
No sábado, ativistas acusaram a polícia de usar gás lacrimogéneo contra elementos da sociedade civil que exigiam a libertação de dezenas de pessoas detidas durante os protestos.
No início de julho, o presidente Ruto promulgou uma lei de finanças que instaura uma série de novos impostos, apesar das críticas da oposição e da população do país, afetado por uma elevada taxa de inflação.
A lei prevê, entre outros, o aumento do IVA sobre os combustíveis de 8% para 16%, assim como uma impopular taxa sobre os salários, com a finalidade de financiar um programa de habitação social, que estava prevista ser de 3% mas já foi reduzida para 1,5%.
Leia Também: Presidente do Irão visita Quénia, Uganda e Zimbabué