O Estado-Maior Interarmas sul-coreano indicou que "a Coreia do Norte disparou um míssil balístico não identificado em direção ao mar de Leste", nome dado pelas duas Coreias ao mar do Japão.
Também o Ministério da Defesa do Japão registou o novo disparo de um aparente míssil balístico norte-coreano, no primeiro deste tipo desde 15 de junho, indicando estar a reunir dados para avaliar se apresenta algum tipo de risco para o seu território.
Na segunda-feira, Kim Yo-jong, irmã do líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, advertiu os Estados Unidos que Pyongyang responderá com "ações claras e contundentes" ao que qualificou como operações de "espionagem aérea".
A também vice-diretora de propaganda do regime sublinhou que as ações de Washington são "claramente uma grave violação da soberania e segurança norte-coreana".
Kim Yo-jong afirmou que "um avião de reconhecimento estratégico da Força Aérea dos EUA realizou novamente o reconhecimento aéreo da parte oriental da RPDC [República Popular Democrática da Coreia, o nome oficial da Coreia do Norte] ao entrar nos céus da Zona Económica Especial (ZEE) acima da Linha de Demarcação Militar (MDL)", de acordo com um comunicado divulgado pela agência de notícias estatal KCNA.
O dispositivo "executou uma grave provocação militar ao realizar o reconhecimento aéreo" sobre as águas da ZEE norte-coreana, chegando a estar a cerca de 400 quilómetros da costa sudeste do país, acrescentou.
Depois de o fracasso das negociações de desnuclearização de 2019, as tensões aumentaram novamente na península coreana.
Pyongyang rejeitou qualquer iniciativa de diálogo e realizou um número recorde de testes de mísseis, enquanto Seul e Washington retomaram as grandes manobras militares conjuntas e mobilizaram regularmente meios estratégicos dos EUA na região.
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