Os sérvios do Kosovo protestam desde maio contra os autarcas da maioria albanesa eleitos numas eleições locais que foram boicotadas pela minoria sérvia da zona e contra a forte presença da polícia especial kosovar no norte do país.
Em comunicado, o do Kosovo compromete-se a adotar medidas que podem agravar a situação, reduzir a 25% a atual presença policial juntos dos edifícios administrativos e das autarquias dos quatro municípios do norte.
Depois da adoção da medida, a situação será analisada conjuntamente com a missão da NATO (KFOR) e com a missão policial europeia (EULEX), no sentido de uma maior redução das forças especiais kosovares.
O executivo do primeiro-ministro Albin Kurto diz ainda que apoia a realização de novas eleições locais depois do verão.
A antiga província sérvia do Kosovo, de maioria albanesa, proclamou a independência em 2008 mas a Sérvia não reconhece o país.
O diferendo entre Belgrado e Pristina está a ser mediado pela União Europeia e Estados Unidos.
As tensões entre os dois países agravaram-se em finais de maio, registando-se violentos confrontos entre manifestantes sérvios e forças da KFOR que provocaram ferimentos a mais de 80 pessoas, 30 das quais soldados internacionais.
Perante as reticências de Pristina no sentido de aliviar as tensões, a União Europeia congelou certos fundos europeus para o Kosovo.
Em Belgrado, o Presidente da Sérvia, Aleksandr Vucic, disse hoje que solicitou uma reunião com o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, para pedir proteção para a população sérvia no Kosovo, que, disse, se sente cada vez mais discriminada e intimidada por parte de Pristina.
Belgrado acusou na semana passada o Executivo do Kosovo de praticar políticas de "limpeza étnica" contra a minoria sérvia no país e de manter as tensões no norte do território.
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