O procurador da região de Digne-les-Bains, Rémy Avon, anunciou, esta terça-feira, a abertura de um inquérito judicial sobre as causas do desaparecimento do pequeno Émile da aldeia de Haut-Vernet, na região de Alpes-de-Haute-Provence, há exatamente 10 dias.
Num comunicado de imprensa, citado pela estação francesa BFMTV, a decisão é justificada com a "complexidade do caso". Dois juízes de instrução foram designados para continuar a investigação inicial.
De realçar que, num primeiro momento, o procurador tinha anunciado que a abertura de um inquérito judicial não era relevante, o que agora mudou.
De realçar que, na segunda-feira, a investigação mudou, automaticamente, de acordo com o previsto no código de processo penal, para investigação preliminar. A mudança traz poucas alterações para os investigadores, que continuam com as mesmas ferramentas investigativas: buscas, apreensões e audiências.
Continuam a ser analisados todos os elementos recolhidos e todas as hipóteses continuam a ser consideradas no que diz respeito ao desaparecimento. A polícia investiga, por exemplo, a hipótese de Émile ter sido atropelado por uma máquina agrícola, enquanto caminhava na relva.
De realçar que ontem, as restrições no acesso à aldeia de Haut-Vernet foram prolongadas até o final de julho, para evitar "turismo mórbido".
Émile, desapareceu no sábado, dia 8 de julho, pelas 18h00, na região de Vernet, numa comunidade com cerca de 125 habitantes. A criança estaria a brincar no jardim da casa dos avós, onde a família passava férias, depois de ter dormido a sesta.
As autoridades lançaram um apelo para que qualquer pessoa que possa ter visto o menino entre em contacto com a polícia.
O menino é descrito como tendo "olhos castanhos, cabelo louro, 90 cm de altura". Vestia uma t-shirt amarela e calções brancos com um padrão verde e botas de caminhada".
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