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Principal partido da oposição moçambicana quer mais de 50% das autarquias

A Renamo, principal partido da oposição em Moçambique, assumiu hoje a meta de conquistar mais de 50% dos 65 municípios do país nas eleições autárquicas de 11 de outubro, apontando a sua vitória como premissa da defesa da democracia.

Principal partido da oposição moçambicana quer mais de 50% das autarquias
Notícias ao Minuto

18:15 - 18/07/23 por Lusa

Mundo Moçambique

"A Renamo tem uma meta e tem ambição, sendo um partido que luta pelo Estado e pela democracia. O nosso maior objetivo é ir para além das oito autarquias que governamos, mantê-las e adicionarmos", afirmou Alfredo Magumisse, porta-voz da Comissão Política da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), assumindo o objetivo de ir "para além das 50% autarquias que o país tem".

Magumisse falava em conferência de imprensa realizada hoje em Maputo para o anúncio dos 65 cabeças-de-lista e candidatos a autarcas nas eleições municipais de outubro.

"Reconhecemos que há diversidade política e as outras forças políticas também irão ocupar algumas autarquias, queremos ganhar a maioria", enfatizou.

Avançou que os nomes hoje anunciados ainda terão de ser confirmados pelo Conselho Nacional da Renamo, porque a Comissão Política tem apenas a competência de homologação dos resultados das eleições já realizadas pelas conferências distritais do partido.

Dos 65 cabeças-de-lista, três são mulheres, uma cifra muito longe do número de candidatos homens, que Magumisse justificou com o facto de apenas três militantes terem exercido a liberdade de concorrer nas internas do partido.

Segundo a lista homologada pela Comissão Política da Renamo, nas principais cidades do país concorrem: por Maputo o deputado Venâncio Mondlane; pela Beira, Geraldo de Carvalho; por Nampula, Paulo Vahanle, atual autarca da urbe, e por Quelimane, Manuel de Araújo, também candidato à sua própria sucessão.

No município de Pemba, capital da província de Cabo Delgado, o partido tem como cabeça-de-lista Amido António; na Matola, António Muchanga; em Tete, Francisco Tomás; em Inhambane, Vitalino Macauze; no Chimoio, Manuel Macovove; em Xai-Xai, Mamudo Mamudo, e em Lichinga, Orlando Sousa.

A Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, no poder) elegeu no último fim de semana os seus cabeças-de-lista às próximas eleições autárquicas.

Na segunda-feira, a CNE anunciou que a apresentação das candidaturas para o escrutínio vai decorrer entre os dias 20 deste mês e 11 de agosto.

Até ao último dia 14, fizeram a inscrição para poderem participar no escrutínio 23 partidos políticos, coligações e grupos de cidadãos eleitores, disse o porta-voz da CNE, Paulo Cuinica, em conferência de imprensa.

Nas eleições autárquicas de 2018, a Frelimo venceu em 44 das 53 autarquias e a oposição em apenas nove.

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