Principal partido da oposição moçambicana quer mais de 50% das autarquias
A Renamo, principal partido da oposição em Moçambique, assumiu hoje a meta de conquistar mais de 50% dos 65 municípios do país nas eleições autárquicas de 11 de outubro, apontando a sua vitória como premissa da defesa da democracia.
© Lusa
Mundo Moçambique
"A Renamo tem uma meta e tem ambição, sendo um partido que luta pelo Estado e pela democracia. O nosso maior objetivo é ir para além das oito autarquias que governamos, mantê-las e adicionarmos", afirmou Alfredo Magumisse, porta-voz da Comissão Política da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), assumindo o objetivo de ir "para além das 50% autarquias que o país tem".
Magumisse falava em conferência de imprensa realizada hoje em Maputo para o anúncio dos 65 cabeças-de-lista e candidatos a autarcas nas eleições municipais de outubro.
"Reconhecemos que há diversidade política e as outras forças políticas também irão ocupar algumas autarquias, queremos ganhar a maioria", enfatizou.
Avançou que os nomes hoje anunciados ainda terão de ser confirmados pelo Conselho Nacional da Renamo, porque a Comissão Política tem apenas a competência de homologação dos resultados das eleições já realizadas pelas conferências distritais do partido.
Dos 65 cabeças-de-lista, três são mulheres, uma cifra muito longe do número de candidatos homens, que Magumisse justificou com o facto de apenas três militantes terem exercido a liberdade de concorrer nas internas do partido.
Segundo a lista homologada pela Comissão Política da Renamo, nas principais cidades do país concorrem: por Maputo o deputado Venâncio Mondlane; pela Beira, Geraldo de Carvalho; por Nampula, Paulo Vahanle, atual autarca da urbe, e por Quelimane, Manuel de Araújo, também candidato à sua própria sucessão.
No município de Pemba, capital da província de Cabo Delgado, o partido tem como cabeça-de-lista Amido António; na Matola, António Muchanga; em Tete, Francisco Tomás; em Inhambane, Vitalino Macauze; no Chimoio, Manuel Macovove; em Xai-Xai, Mamudo Mamudo, e em Lichinga, Orlando Sousa.
A Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, no poder) elegeu no último fim de semana os seus cabeças-de-lista às próximas eleições autárquicas.
Na segunda-feira, a CNE anunciou que a apresentação das candidaturas para o escrutínio vai decorrer entre os dias 20 deste mês e 11 de agosto.
Até ao último dia 14, fizeram a inscrição para poderem participar no escrutínio 23 partidos políticos, coligações e grupos de cidadãos eleitores, disse o porta-voz da CNE, Paulo Cuinica, em conferência de imprensa.
Nas eleições autárquicas de 2018, a Frelimo venceu em 44 das 53 autarquias e a oposição em apenas nove.
Leia Também: Órgão eleitoral moçambicano chumba recursos da oposição
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com