O ministro da Defesa bielorrusso revelou, esta quinta-feira, que vai continuar com as operações de treino junto à fronteira polaca, noticia a agência Reuters.
Os exercícios decorrem na base militar junto à cidade de Brest, junto à fronteira polaca, e agora vão contar também com os mercenários do Grupo Wagner.
O Ministério da Defesa da Polónia disse que está a monitorizar a situação.
"As fronteiras da Polónia estão seguras, estamos a monitorizar a situação na nossa fronteira oriental continuamente e estamos preparados para vários cenários à medida que a situação se desenvolve", afirmou.
A Polónia já tinha expressado preocupação com a presença do grupo de mercenários na Bielorrússia.
As forças do grupo militar privado foram transferidas para o país após o motim na Rússia.
Na rebelião de 23 de junho, que durou menos de 24 horas, os mercenários de Prigozhin rapidamente tomaram a cidade de Rostov-on-Don, no sul da Rússia, e capturaram o quartel-general militar sem disparar um tiro, antes de se dirigirem até perto de Moscovo, com a intenção de derrubar as chefias militares russas.
No final, Prigozhin ordenou aos seus operacionais que voltassem para os acampamentos, depois de fechar um acordo para acabar com a rebelião em troca de uma amnistia para si e para os seus homens, bem como permissão para se transferirem para a Bielorrússia.
O Ministério da Defesa da Bielorrússia não revelou quantos mercenários do Grupo Wagner estão no território bielorrusso. O Presidente russo, Vladimir Putin, declarou que as tropas do Grupo Wagner podem escolher entre assinar contratos com o Ministério da Defesa, mudar-se para a Bielorrússia ou aposentarem-se das tarefas militares.
Na semana passada, o Ministério da Defesa russo disse que o Grupo Wagner estava a concluir a entrega das suas armas aos militares russos, como parte dos esforços das autoridades de Moscovo para neutralizar a ameaça representada pelos mercenários liderados por Prigozhin.
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