As acusações incluem "execuções e atos de tortura no Mali e na República Centro-Africana, bem como ameaças à paz e à segurança no Sudão", revelou o Ministério dos Negócios Estrangeiros em comunicado.
Entre as personalidades visadas por estas medidas, que preveem o congelamento de bens no Reino Unido e a proibição de permanência em solo britânico, estão os russos apresentados como líderes da Wagner no Mali, Ivan Maslov, e na República Centro-Africana, Vitali Perfilev e Konstantin Pikalov.
Este último é apresentado como o braço direito do líder do grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, já alvo de sanções por parte de Londres.
"O grupo Wagner comete atrocidades na Ucrânia e age impunemente em países como Mali, República Centro-Africana e Sudão", disse o secretário de Estado para África, Andrew Mitchell, em comunicado.
"Onde quer que o Wagner esteja presente, tem um efeito catastrófico nas comunidades, agrava os conflitos existentes e prejudica a reputação dos países que o acolhem", acrescentou.
Londres também sancionou empresas de mineração e segurança acusadas de financiar o grupo de mercenários ou participar das suas operações.
O futuro do Wagner, que lutou na Ucrânia e cuja presença foi documentada em vários países africanos, mas também na Síria, está em causa após a rebelião de 24 horas liderada em junho na Rússia pelo seu chefe, Yevgeny Prigozhin.
Moscovo disse que o seu futuro em África dependerá "dos países em causa".
Londres diz que "continua seriamente preocupada com o papel desestabilizador de Wagner na região". No Mali, o Ministério dos Negócios Estrangeiros britânico cita "o massacre de pelo menos 500 pessoas em Moura, em março de 2022, com execuções sumárias, bem como violações e tortura".
Na República Centro-Africana, o Wagner é acusado de "atacar deliberadamente civis", enquanto no Sudão "forneceu armas e equipamento militar", segundo a mesma fonte.
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