"A UE condena veementemente o ataque contra a embaixada sueca no Iraque e apela à proteção das instalações diplomáticas em Bagdade, em linha com a Convenção de Viena", sustentou Josep Borrell, num comunicado divulgado ao final da tarde de hoje.
A União Europeia "vai aguardar pela adoção rápida pelas autoridades iraquianas das medidas de segurança necessárias para prevenir incidentes adicionais", acrescentou o chefe da diplomacia europeia, advertindo que os perpetradores deste ataque têm de ser responsabilizados.
Na madrugada de hoje, a embaixada da Suécia em Bagdade foi invadida por uma multidão enfurecida depois de em Estocolmo uma pessoa ter incendiado uma edição do Corão em frene à embaixada do Iraque na capital do país escandinavo.
Nas imagens que circulam pelas redes sociais é possível ver divisões da embaixada sueca vandalizadas e dezenas de homens no interior.
Entretanto, as autoridades iraquianas expulsaram o embaixador sueco do país.
Os Estados Unidos da América (EUA) condenaram hoje o ataque à embaixada sueca em Bagdad, considerando inaceitável a inação das forças de segurança iraquianas perante os incidentes.
"É inaceitável que as forças de segurança iraquianas não tenham agido para impedir que os manifestantes entrassem pela segunda vez no complexo da embaixada sueca e o danificassem", disse o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, citado num comunicado.
Na mesma nota informativa, o porta-voz da diplomacia norte-americana lembrou que "as missões diplomáticas não devem ser alvo de violência" e apelou ao Governo iraquiano "para proteger todas as missões diplomáticas no Iraque, de acordo com as suas obrigações internacionais".
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Suécia já condenou o ataque contra as suas instalações em Bagdad, assegurando que todos os diplomatas estão em segurança.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros do Iraque também condenou o ataque e prometeu responsabilizar os autores, sem explicar como foi possível aquele ataque numa zona da capital muito policiada.
De acordo com a agência de notícias estatal do Iraque, também foi suspensa a permissão da empresa tecnológica sueca Ericsson para operar em território iraquiano.
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