"A Irlanda orgulha-se de fazer esta parceria com Moçambique para melhorar o acesso e a educação de qualidade para crianças em todo o país. A educação e o empoderamento das meninas são essenciais para alcançar maior mobilidade social, reduzir a pobreza e a desigualdade", afirmou Micheál Martin, que é também ministro dos Negócios Estrangeiros e ministro da Defesa.
Este financiamento, anunciou ainda, será feito através do Fundo de Apoio ao Setor da Educação (FASE) em Moçambique, o qual recebe contribuições financeiras de dez doadores, incluindo do Programa Global de Educação e do Banco Mundial, para apoiar a implementação efetiva do Plano Estratégico de Educação (PEE) 2020-2029 do país.
"Tal como na Irlanda, a educação é muito valorizada em Moçambique e um pilar fundamental para o desenvolvimento socioeconómico do país. O investimento considerado em educação num ponto crucial da história da Irlanda é a base de nossa atual prosperidade económica", disse ainda, depois de na quinta-feira ter visitado a escola primária "01 de Junho", na província de Inhambane.
Há 26 anos que a Irlanda financia projetos de desenvolvimento naquela província, nomeadamente no acesso à água, apoio que se cifra atualmente em 27 milhões de euros por ano.
Entre 2020 e 2022, a Irlanda disponibilizou 13,5 milhões de euros para a educação em Moçambique através do FASE, segundo dados oficiais.
A Irlanda também apoia agências da ONU e a sociedade civil em projetos de emergência no norte de Moçambique e iniciativas de educação destinadas a melhorar a qualidade da educação e a prevenção da violência de género em escolas selecionadas, indicou o governo irlandês.
Através do "Ireland Fellows Programe", a Irlanda apoia estudantes moçambicanos que frequentam mestrados em universidades irlandesas.
Micheál Martin foi recebido na quarta-feira, em Maputo, pelo presidente moçambicano, Filipe Nyusi, tendo ambos discutido o processo de paz em Moçambique, que conta com o apoio da Irlanda.
"O conflito Ucrânia e Rússia também mereceu a nossa atenção, em que concordámos que o diálogo é a solução para o fim deste problema. Almejamos uma relação bilateral cada vez mais forte entre as duas nações", afirmou Filipe Nyusi, no final do encontro.
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