O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou, esta sexta-feira, que as operações de contraofensiva da Ucrânia não mostraram "nenhum resultado, pelo menos até agora", e que os "recursos colossais" fornecidos pelos aliados ocidentais não a ajudaram.
"Hoje, é evidente que os aliados ocidentais do regime de Kyiv estão claramente desiludidos com os resultados da chamada contraofensiva, que as atuais autoridades ucranianas têm vindo a proclamar em voz alta nos últimos meses", referiu o chefe de Estado russo, numa reunião do Conselho de Segurança do país, citado pelo The Moscow Times.
Putin afirmou ainda que o número cada vez menor de tanques, artilharia, veículos blindados e mísseis ocidentais fornecidos à Ucrânia, bem como "milhares de mercenários e conselheiros estrangeiros", não ajudaram Kyiv a atingir os objetivos militares.
"O mundo inteiro vê que o alardeado equipamento ocidental, supostamente invulnerável, está a arder", acrescentou.
Sem elucidar sobre qualquer tipo de provas, o presidente russo sublinhou que "dezenas de milhares" de soldados ucranianos foram mortos e ficaram feridos na contraofensiva.
De recordar que o contra-ataque ucraniano começou em junho, após meses de preparação. Enfrenta uma linha da frente de 900 quilómetros de território ocupado que se estende desde a fronteira de Kharkiv-Luhansk, no nordeste da Ucrânia, até Kherson, no sudoeste.
O Ministério da Defesa de Kyiv apontou anteriormente que as suas forças libertaram cerca de 210 quilómetros quadrados durante a contraofensiva.
Leia Também: Rússia dá explicações à China sobre danos no consulado chinês em Odessa