Estas são as XVI eleições gerais em Espanha desde o fim da ditadura, em 1977, e estão chamados a votar 37.469.142 eleitores, para escolherem 350 deputados e 208 senadores.
As eleições estavam previstas para dezembro, no final da legislatura, mas foram antecipadas por Sánchez na sequência da derrota da esquerda nas municipais e regionais de 28 de maio.
Há dezenas de listas candidatas, muitas de partidos de âmbito regional e local, num espelho da diversidade de Espanha.
No entanto, só quatro partidos apresentaram listas de âmbito nacional e têm pretensão de chegar ao Governo: Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), Partido Popular (PP, direita), Somar (extrema-esquerda) e VOX (extrema-direita).
O Governo atual é uma coligação do PSOE com a plataforma de extrema-esquerda Unidas Podemos, constituída por partidos que agora se juntaram a uma nova 'marca', o Somar, que integra 15 formações e é considerada a maior aliança de esquerda que já houve em Espanha.
A lei espanhola proíbe a publicação de sondagens nos cinco dias anteriores às eleições, pelo que os últimos estudos conhecidos são de segunda-feira.
Todas as sondagens publicadas nesse dia confirmavam, com uma única exceção em dezenas de estudos, a vitória do PP e colocavam à beira da maioria absoluta o conjunto da direita e da extrema-direita.
As últimas sondagens davam a vitória ao PP, mas sem maioria absoluta, colocavam o PSOE como segunda força mais votada, mas dividiam-se em relação ao terceiro lugar, que pode ficar com o VOX ou com o Somar.
As sondagens coincidiam também em que o VOX terá este ano menos deputados do que os 52 que conseguiu nas eleições anteriores, em 2019, mas o resultado do partido de extrema-direita poderá agora ser decisivo, se tiver possibilidade de formar uma maioria absoluta no parlamento com a bancada do PP e, assim, vir a entrar no Governo ou evitar uma 'geringonça' entre partidos de esquerda e regionais.
As alianças do PP e do PSOE para chegarem ou se manterem no poder foram o tema que dominou a campanha eleitoral.
A esquerda fez da ameaça da entrada da extrema-direita no Governo de Espanha, aliada ao PP, como acontece em três executivos autonómicos, a mensagem central da sua campanha, considerando que há risco de retrocessos em direitos e liberdades e nas políticas ambientais.
Já PP e VOX sublinharam a coligação dos socialistas, na última legislatura, com a extrema-esquerda, a que se referem como "os comunistas", e os acordos parlamentares com partidos independentistas da Catalunha e do País Basco, naquilo que consideram ser uma ameaça à integridade de Espanha.
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