"Lamentamos anunciar que, até à data, cinco pessoas privadas de liberdade morreram e 11 ficaram feridas", em consequência da violência na prisão de Guayas 1, indicou, no domingo, em comunicado, a administração penitenciária (SNAI).
Os feridos foram transferidos para o hospital, informou o departamento, acrescentando que estavam fora de perigo.
As penitenciárias do Equador tornaram-se uma base de operações para os bandos criminosos que competem pelo mercado da droga. Desde fevereiro de 2021, registaram-se cerca de dez confrontos deste tipo, que causaram a morte de mais de 420 pessoas, dezenas das quais foram queimadas vivas ou mutiladas.
Anteriormente, o SNAI tinha ordenado o reforço da segurança em todas as prisões do país com a ajuda da polícia e do exército.
Na rede social Twitter, o Ministro do Interior, Juan Zapata, afirmou que os protocolos para a supervisão e execução de estratégias destinadas ao controlo, ordem e segurança dos reclusos "estão operacionais".
Esta medida foi decidida, na sequência de confrontos anteriores em Guayas 1, localizada em Guayaquil, uma das cidades do oeste equatoriano mais afetadas pela violência e pelo tráfico de drogas.
O SNAI acrescentou que "guardas de segurança estão a ser mantidos como reféns" por membros de grupos criminosos em outras quatro penitenciárias do país, nas províncias de Cotopaxi, Azuay, Cañar e El Oro.
As instituições de segurança estão a tomar medidas para os libertar e devolver à normalidade", disse a organização, acrescentando que todos estão bem.
De acordo com um censo recente, 31.321 pessoas, incluindo 3.245 estrangeiros, estão detidas nas prisões do Equador, que têm capacidade para 30 mil reclusos.
Entretanto, o presidente da câmara da cidade costeira de Manta, Agustín Intriago, morreu num ataque armado quando inspecionava algumas obras do município, indicou também Juan Zapata, no Twitter.
A polícia do Equador "está totalmente mobilizada para localizar e capturar os responsáveis por este ato desprezível", disse.
O ataque causou uma segunda vítima mortal e quatro feridos, incluindo dois envolvidos no incidente, já sob custódia policial num centro de saúde, acrescentou o ministro.
Em conferência de imprensa, a polícia indicou que Intriago estava sob proteção policial, pedida depois de ter recebido ameaças.
A insegurança é uma das principais preocupações dos equatorianos, dado o aumento dos incidentes violentos, muitos dos quais associados pelas autoridades ao crime organizado ligado ao tráfico de droga.
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