As autoridades de cinco países intercetaram uma rede criminosa intercontinental que traficava migrantes de Cuba para a União Europeia (UE), levando à detenção de 62 pessoas. O anúncio foi feito esta segunda-feira pela Europol e pela Interpol, que coordenaram esta investigação internacional.
Em comunicado citado pela Reuters, a Europol deu conta de que a rede criminosa se focava no tráfico de cidadãos cubanos em situação de vulnerabilidade. Por nove mil euros, a rede organizava a viagem destes cidadãos para a Europa, fornecendo ainda documentação falsa.
"Os criminosos transportavam pessoas de Cuba para a Sérvia, tirando partido da inexistência de vistos para entrar na Sérvia na altura. Os migrantes eram depois introduzidos clandestinamente na Grécia, de onde seguiam para Espanha", explicou a Europol, sobre o 'modus operandi' desta rede.
No total, suspeita-se que os criminosos tenham conseguido introduzir no bloco europeu cinco mil cidadãos cubanos, gerando lucros na ordem dos 45 milhões de euros.
Para além das detenções, a polícia apreendeu também 18 bens imóveis, 33 veículos e 144 contas bancárias, para além de grandes somas de dinheiro em várias moedas.
A Europol esclareceu ainda que 25 dos detidos eram cidadãos cubanos.
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