Kim Jong-un presta homenagem a soldados mortos na Guerra da Coreia

O líder da Coreia do Norte visitou um cemitério militar em homenagem aos soldados mortos na Guerra da Coreia (1950-1953), na véspera do 70.º aniversário da assinatura do acordo do armistício, informaram hoje os meios de comunicação estatais.

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© KCNA via REUTERS

Lusa
26/07/2023 09:53 ‧ 26/07/2023 por Lusa

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Coreia do Norte

Kim Jong-un visitou na terça-feira o Cemitério dos Mártires da Guerra de Libertação da Pátria (nome dado à guerra na Coreia do Norte), nos arredores de Pyongyang, acompanhado pelo ministro da Defesa norte-coreano, Kang Sun-nam, e por outros militares norte-coreanos, disse a agência de notícias estatal norte-coreana KCNA.

Durante a visita, Kim disse que o "milagre de 27 de julho" é uma "grande vitória de significado na história da humanidade, uma vez que infligiu uma desgraça e uma derrota eternamente indeléveis ao imperialismo norte-americano, o chefe da agressão, e impediu uma nova guerra mundial", acrescentou a KCNA.

Esta foi a primeira vez que Kim apareceu publicamente nos últimos 37 dias, depois de ter participado numa reunião plenária em 19 de junho, acompanhado pela irmã, Kim Yo-jong.

Nas imagens partilhadas pela KCNA, Kim pode ser visto a fazer uma vénia solene e a depositar uma coroa de flores no cemitério, antes de visitar também um cemitério dedicado às vítimas chinesas da guerra.

A Grande Guerra de Libertação da Pátria é o nome dado no país asiático à Guerra da Coreia, que terminou a 27 de julho de 1953 com a assinatura de um cessar-fogo, considerado o mais longo do mundo, por nunca ter sido, até hoje, seguido por um acordo de paz.

A Coreia do Norte costuma celebrar o aniversário desta guerra com um feriado chamado "Dia da Vitória", já que a narrativa do regime afirma que foi um triunfo norte-coreano porque obrigou os Estados Unidos, a Coreia do Sul e as outras forças aliadas a pedir um armistício.

O conflito entre o Norte e o Sul, iniciado a 25 de junho de 1950, causou milhões de mortos, sobretudo civis, e dividiu a península e famílias. A última reunião familiar transfronteiriça realizou-se em 2018, permitindo um encontro durante três dias.

Atualmente, as tensões continuam vivas entre os dois países vizinhos, enquanto a Coreia do Sul e os Estados Unidos reforçaram a cooperação militar.

A 21 de julho, Seul advertiu Pyongyang que a utilização de armas nucleares significaria "o fim" do regime de Kim Jong-un, na sequência da ameaça de represálias nucleares feita pela Coreia do Norte perante os crescentes destacamentos militares norte-americanos na península.

Nos últimos dois anos, a Coreia do Norte realizou um número recorde de testes de armamento, depois de ter fracassado a tentativa do ex-Presidente norte-americano Donald Trump (2017-2021) de chegar a um acordo com Kim Jong-un sobre desarmamento.

Leia Também: Coreia do Norte adverte EUA sobre "espionagem aérea" na costa do país

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