Níger. Presidente do Benim vai tentar mediar conflito
O Presidente do Benim, Patrice Talon, viajou para o Níger para mediar a situação no país, onde uma tentativa de golpe de Estado está hoje em curso, com o líder nigerino, Mohamed Bazoum, alegadamente detido por membros da guarda presidencial.
© EMMANUEL DUNAND/POOL/AFP via Getty Images
Mundo Níger
"Ele vai para lá agora, está a caminho", disse o Presidente da Nigéria, Bola Tinubu, que preside atualmente à Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), depois de se ter encontrado com Talon em Abuja.
Patrice Talon tinha previsto deslocar-se em breve a três países membros da CEDEAO onde ocorreram golpes de Estado desde 2020: Mali, Burkina Faso e Guiné-Conacri.
"A situação é suficientemente preocupante para que a CEDEAO e o Presidente Tinubu, Presidente da Nigéria, vizinho do Níger, juntamente com o Benim, também vizinho do Níger, levem o assunto a sério e atuem rapidamente", declarou o Patrice Talon antes da sua partida para Niamey.
"Acredito que serão utilizados todos os meios, se necessário, para restabelecer a ordem constitucional no Níger, mas o ideal é que tudo decorra em paz e harmonia, pelo que os esforços de mediação serão intensificados esta noite para garantir que esta situação seja resolvida pacificamente", acrescentou.
Segundo Talon, "mesmo quando é feito algo que não é aceitável, deve ser corrigido pacificamente".
"Esta é a nossa primeira opção. Acreditamos que será bem-sucedida", disse ainda o Presidente beninense.
O Presidente do Níger denunciou uma tentativa de golpe de Estado hoje por parte de elementos da guarda presidencial.
Na sua conta na rede social X (ex-Twitter), Mohamed Bazoum escreveu que alguns elementos da guarda presidencial se envolveram numa "manifestação antirrepublicana" e tentaram em vão obter o apoio das outras forças de segurança.
Na mesma mensagem, Mohamed Bazoum assegura que ele e a sua família estão bem, mas o exército e a guarda nacional estavam prontos para atacar se os envolvidos não mudassem de ideias.
No entanto, a situação atual do Presidente gera dúvidas, já que organizações internacionais como a CEDEAO e a Francofonia exigiram a libertação do chefe de Estado nigerino.
A União Europeia também já exigiu a libertação do chefe de Estado nigerino.
A França, potência colonial até à independência do país, em 1960, tem um destacamento militar de 1.500 homens no Níger, o mais importante no Sahel, após a retirada de outros países onde efetuou operações contra organizações fundamentalistas islâmicas, como o Mali e o Burkina Faso.
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