"Estamos a assistir a consequências negativas que têm repercussões em todo o mundo, incluindo África", disse Assoumani ao chefe do Kremlin, numa reunião no âmbito da segunda cimeira Rússia-África, que decorre hoje e amanhã em São Petersburgo.
De acordo com o presidente da UA, os países africanos têm "relações de parceria" tanto com a Rússia como com a Ucrânia.
Assoumani afirmou que "o mundo está atualmente à beira da destruição" e que os Estados africanos estão a sofrer as consequências dessa situação.
Ao mesmo tempo, agradeceu a Putin a ajuda da Rússia ao continente africano, uma vez que os investimentos de Moscovo permitiram que "muitos países seguissem o caminho do desenvolvimento".
"Estamos sinceramente gratos por isso", sublinhou.
O líder do Kremlin, por seu lado, manifestou o desejo de que a União Africana se junte ao G20 como membro permanente.
"A Rússia foi uma das primeiras a responder à iniciativa do Presidente do Senegal, na qualidade de presidente rotativo da União Africana, de conceder a esta organização o estatuto de membro de pleno direito do G20. Esperamos que esta decisão seja tomada no início de setembro, durante a cimeira do grupo em Nova Deli", afirmou Putin.
A Rússia, segundo o seu Presidente, está disposta a fazer tudo o que for possível para "promover o reforço da soberania dos países africanos e ajudar África a tornar-se um dos principais parceiros no mundo multipolar", acrescentou.
Putin preside hoje ao primeiro dia da cimeira Rússia-África em São Petersburgo, que reúne cerca de 50 delegações africanas.
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