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Autoridades de Lugansk acusam Kyiv de ataque com bombas de fragmentação

As autoridades pró-russas da província de Lugansk, leste da Ucrânia, denunciaram hoje um ataque conduzido pelas forças ucranianas com bombas de fragmentação que visou uma escola em Lisichansk, que funcionava, segundo os mesmos responsáveis, como "centro de alojamento temporário".

Autoridades de Lugansk acusam Kyiv de ataque com bombas de fragmentação
Notícias ao Minuto

11:52 - 27/07/23 por Lusa

Mundo Ucrânia

As autoridades locais de Lisichansk indicaram, numa mensagem difundida pela plataforma Telegram, que as forças de Kyiv, denominadas pelas mesmas fontes como "ucranofascistas", atacaram uma escola com recurso a bombas de fragmentação "proibidas pela Convenção de Genebra".

"Felizmente, ninguém ficou ferido. As pessoas mais idosas tinham sido retiradas para outra cidade. Não havia militares na escola", referiu a mesma mensagem, sublinhando que o edifício ficou "completamente destruído".

As bombas de fragmentação, proibidas em mais de uma centena de países desde 2008, altura em que foi assinada a Convenção sobre Armas e Fragmentação, funcionam através da libertação de bombas de menor dimensão (submunições de dispersão) que podem ser projetadas antes do contacto com o solo ou com um obstáculo.

Em muitos casos, as submunições podem não explodir e manter-se ativas durante vários anos até serem manipuladas.

A situação denunciada pelas autoridades pró-russas em Lisichansk ainda não foi verificada por jornalistas ou por entidades independentes.

Kyiv não se pronunciou sobre a acusação.

O recente envio de bombas de fragmentação pelos Estados Unidos para as forças armadas ucranianas suscitou críticas da Rússia, bem como dos aliados ocidentais da Ucrânia, que alertaram para os perigos colocados por estas munições.

A Ucrânia comprometeu-se perante os Estados Unidos a utilizar bombas de fragmentação para efeitos de desminagem e apenas contra posições russas, nunca em zonas civis.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

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