"Certos antigos dignitários, escondidos nas chancelarias em colaboração com estes últimos, pretendem entrar em confronto", segundo o comunicado lido perante as câmaras, denunciando uma "atitude belicosa, perigosa e perigosa" que "não terá outro resultado senão o massacre da população nigerina e o caos".
A junta militar, que se intitula Conselho Nacional para a Salvaguarda da Pátria (CNSP) "apela portanto à opinião pública nacional e internacional para que testemunhe as consequências de qualquer intervenção militar estrangeira", conclui.
O comunicado foi lido após o general Abdourahmane Tchiani se ter apresentado também hoje, na televisão estatal do Níger, como o líder da junta militar.
Tchiani é o comandante da guarda presidencial que esteve na origem do golpe de Estado que derrubou o Presidente Bazoum, detido desde quarta-feira de manhã na sua residência no palácio presidencial.
Depois do Mali e do Burkina Faso, o Níger, até agora aliado dos países ocidentais, torna-se o terceiro país do Sahel, minado pelos ataques de movimentos extremista ligados ao grupo fundamentalista Estado Islâmico e à Al-Qaida, a sofrer um golpe de Estado desde 2020.
A França, antiga potência colonial do Níger, anunciou hoje que não reconhece a autoridade do general Abdourahmane Tchiani.
"O Presidente Mohamed Bazoum, eleito democraticamente pelo povo nigerino, é o único Presidente da República do Níger. A França não reconhece as autoridades que resultaram do golpe de Estado liderado pelo general Tichiani", declarou o governo francês num comunicado divulgado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros.
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