Estados Unidos apoiam aliados contra intimidações da China
O secretário da Defesa norte-americano, Lloyd Austin, assegurou hoje na cidade australiana de Brisbane que os Estados Unidos apoiam os países que lutam contra o "comportamento intimidatório" da China.
© Reuters
Mundo EUA/China
Austin e o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, participam nas reuniões bilaterais anuais com a Austrália, hoje e no sábado, centradas num acordo para fornecer a Camberra submarinos equipados com tecnologia nuclear dos Estados Unidos.
Antes de uma reunião com o homólogo australiano, Richard Marles, Austin disse que ambos os países partilham as preocupações sobre a rutura da China com as leis e normas internacionais que resolvem disputas pacificamente e sem coerção.
"Temos visto uma coerção preocupante da RPC desde o Mar da China Oriental ao Mar da China Meridional, até aqui mesmo no sudoeste do Pacífico", disse Austin aos jornalistas, referindo-se à República Popular da China.
"Continuaremos a apoiar os nossos aliados e parceiros para que se defendam de comportamentos agressivos", acrescentou, citado pela agência norte-americana AP.
Nos últimos anos, a China impôs uma série de barreiras comerciais contra as exportações australianas, incluindo carvão, vinho, cevada, carne de vaca, marisco e madeira.
As barreiras são amplamente vistas como uma reação punitiva à política do Governo de Camberra, que custou anualmente aos exportadores australianos cerca de 15 mil milhões de dólares (13,5 mil milhões de euros, ao câmbio atual).
As relações sino-australianas estavam a melhorar desde a mudança de Governo em Camberra nas eleições do ano passado, mas a partilha de segredos nucleares dos Estados Unidos com o país da Oceânia voltou a afetar o relacionamento bilateral.
O primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, está a planear visitas aos Estados Unidos e à China antes do final do ano.
No âmbito da parceria AUKUS -- acrónimo de Austrália, Reino Unido e Estados Unidos --, Camberra vai comprar três submarinos da classe "Virginia" a Washington e construir cinco unidades de um novo submarino em cooperação com Londres.
Prevê-se que o acordo AUKUS custe à Austrália até 368 mil milhões de dólares australianos (222,2 mil milhões de euros) ao longo de 30 anos, segundo a AP.
Numa carta endereçada ao Presidente norte-americano, Joe Biden, citada pela imprensa australiana, 20 legisladores republicanos advertiram que o acordo irá "enfraquecer inaceitavelmente" a frota dos Estados Unidos sem um plano para aumentar a produção de submarinos.
Albanese disse que continua "muito confiante" de que os Estados Unidos entregarão os três submarinos previstos no acordo de defesa.
O primeiro-ministro disse ter sido tranquilizado pelas conversas que teve com republicanos e democratas no início de julho, numa cimeira da NATO na Lituânia.
"O que me impressionou foi o apoio unânime ao AUKUS, o apoio unânime à relação entre a Austrália e os Estados Unidos", disse Albanese.
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