Voluntários de região russa fronteiriça armados com equipamento antidrone
As autoridades russas entregaram hoje armas automáticas anti-drone aos elementos das forças territoriais da região de Belgorod, uma das mais atingidas pelos ataques inimigos na fronteira com a Ucrânia.
© State Emergency Service Of Ukraine/Handout via REUTERS
Mundo Guerra na Ucrânia
Estes voluntários também receberam viaturas terrestres, quadricópteros (helicóptero quadrotor) e rádios digitais, para poderem detetar e neutralizar os dispositivos não tripulados, noticiou a agência Efe.
Nas imagens divulgadas pela televisão pública russa, o governador daquela região, Viacheslav Gladkov, surge a distribuir armas automáticas aos voluntários.
"Vocês são um exemplo para todos. Vejo que os habitantes de Belgorod estão orgulhosos da nossa autodefesa", salientou o governante, citado pela agência oficial de notícias RIA Novosti.
As unidades territoriais encarregadas de garantir a segurança dos mais de 500 quilómetros de fronteira naquela região são constituídas por oito batalhões.
Os voluntários, que somam mais de 2.000 e são comandados por antigos militares com experiência em combate, fizeram hoje uma demonstração ao abater um hipotético 'drone' ucraniano.
As suas funções incluem garantir a ordem pública, prevenir ataques contra infraestruturas estratégicas, perseguir quem atravessa ilegalmente a fronteira e colaborar com as forças de segurança em caso de ameaça de ataques terroristas.
Gladkov também enfatizou que o Parlamento russo está a considerar aprovar uma lei que aumentará o fornecimento de armas às unidades territoriais.
Quase desde o início da guerra, Belgorod tem sido alvo de constantes ataques e também de incursões de unidades paramilitares russas leais a Kiev, que chegaram a tomar algumas cidades, gerando duras críticas ao Kremlin.
Nas últimas semanas, a Ucrânia atacou a Crimeia, a ponte que liga a península anexada por Moscovo à Rússia continental, o coração financeiro de Moscovo e vários navios de guerra no mar Negro com 'drones' aéreos e aquáticos.
O Kremlin e o Ministério da Defesa russo reconheceram que a ameaça à segurança do país é real, razão pela qual avançaram na adoção de medidas adicionais.
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